Os aráutos do politicamente correcto, andam muito versáteis, no que toca às áreas, relativamente às quais, pregam a sua doutrina hipócrita e beata.
Agora decidiram legislar sobre as substâncias dopantes: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1314223&idCanal=62
Este fundamentalismo saloio - de meninos do coro que simulam «limpar» de substâncias dopantes o fenómeno desportivo - é um dos maiores descaramentos, levados a cabo pelos Legisladores, de que há memória!
O Desporto actual, é estimulado pelo poder politico-económico, na sua vertente exclusivamente competitiva. Nessa prespectiva, têm as competições desportivas, vindo a aumentar sempre mais e mais, o seu grau de dificuldade, visando indices de espectacularidade sempre crescentes, para seduzir permanentemente as massas, e em função desse interesse, gerar fenómenos hiper-mediatizados pelas TV's, que arrastam consigo os inevitáveis interesses publicitários.
É esta cadeia de interesses essencialmente económicos, que rege todo o Desporto competitivo das sociedades Ocidentais, ditas desenvolvidas.
Nesta teia, existem dois pólos essenciais: atletas e público!
Aos primeiros exige-se que «produzam» o espectáculo. Que transmitam as mensagens subjacentes de esforço, abnegação e sacrificio, que resultem nos exemplos sociais de percurso rumo à glória e ao sucesso.
Dos segundos espera-se, que sejam seduzidos ao depositarem nestes gladiadores, o estatuto de seus representantes, num palco iluminado, em que cada um se revê.
No meio, uma zona «cinzenta», composta por um numero crescente de parasitas, que vai desde empresários a dirigentes desportivos, passando por jornalistas, publicitários e politicos.
A utilização de substâncias dopantes, não é mais do que uma resposta a toda esta exigência crescente, de proporcionar sempre mais e maior espectáculo.
A Volta à França nos anos 50, tinha 10 etapas, duas contagens de montanha de categoria «especial» e vários dias de descanso. Hoje, em função da histeria de proporcionar um enorme espectáculo de sofrimento/superação dos atletas, dura 3 semanas, tem várias contagens de montanha com a tal categoria «especial» e um unico dia de descanso. Tudo devidamente imposto pelas transmissões televisivas, incontornáveis interesses de publicidade, e «lobbies» diversos.
Mas para que sejam possiveis estes niveis sobrehumanos de rendimento, por parte dos atletas, não existe outra forma, que não a da utilização de substâncias que potenciem as capacidades fisicas.
Escusam os pastores do evangelho da honestidade hipócrita, vir com legislações ao melhor estilo inquisitorial, porque não podem ter tudo.
Vão ter de escolher entre os espectáculos, em que os «super-homens» fazem as massas delirar (distraindo-as inclusive de problemas bem graves que os afectam, no seio da sociedade) - e com toda uma industria paralela que gera biliões - ou Desporto sério, honesto e sem o recurso a ajudas quimicas.
Ambas as vertentes é que não é possivel coexistirem! Por muito que legislem e se armem em virgens escandalizadas.
25 de Julho de 1139: Batalha de Ourique
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A Batalha de Ourique ocorreu a 25 de Julho de 1139, num local que as fontes
denominam de Ourique (Aulic, Oric, Ouric), que na altura estaria no
territór...
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