segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Cigarrinhos para rir!

Ontem o País deitou-se muito mais tranquilo e dormiu ao som das celestiais harpas, que ao final do dia, um informal Ministro das Finanças «tocou», em Conferencia de Imprensa.
De camisa desabotoada, cabelo revolto e cara de quem acabara de regressar de uma «rave party», informou-nos que, quer as Finanças Públicas, quer a Economia Nacional, vão entrar a partir de agora em exponencial crescimento e que os sacrificios, resultarão doravante, em folguedos:

http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=272671&idselect=9&idCanal=9&p=200

Tenho sérias dúvidas quanto às substâncias que se andam a fumar nos Conselhos de Ministros, de modo a produzir semelhantes declarações no final!
Tabaco não é concerteza, até porque os membros do Governo são pessoas cumpridoras da Lei e tementes ao longo braço da ASAE.

Não sei como fará o Governo para fazer escapar Portugal aos inevitáveis reflexos disto:

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/1075217.html

Ou disto:

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/1075213.html

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/1075108.html

Se até a mais saúdavel economia da UE - a Grã-Bretanha - está perante prespectivas pouco animadoras, não percebo donde vem o optimismo do Governo, personalizado pelo titular da pasta das Finanças, naquela surreal Conferência.

Por sua vez os Estados Unidos, modelo e referência da lógica económica na qual Portugal se insere, prepara-se para uma recessão, que só encontra paralelo no inicio do século passado. A queda anunciada, tem sido adiada pelo Banco Central, com sistemáticas injecções de capital no mercado financeiro, e que têm funcionado como a morfina num doente com cancro: alivia momentâneamente a dor, mas não evita o avanço da doença.

Perante esta realidade, as quiméricas declarações de ontem do alucinado Ministro, tomam laivos de demência e imbecilidade, ao tentar fazer crer aos Portugueses, que vão caminhar ao arrepio dos países que funcionam como barómetros, das ecónomias do ocidente.

Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos em 1929, aquando da Grande Depressão, afirmou : «Quando a América espirra, a Europa apanha uma gripe!»
Confirmou-se! A recessão Europeia de então, conseguiu ultrapassar a Americana.

Desta feita o que nos vale é termos o Teixeira dos Santos!!

Sem comentários: