segunda-feira, 31 de março de 2008

Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral

O dia 31 de Março , foi estabelecido como o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral, por publicação no Diário da República, com vista a chamar a atenção da população geral para a realidade desta doença em Portugal e sensibilizar toda a sociedade para as medidas que se podem tomar para o evitar.

Mas o que é afinal um Acidente Vascular Cerebral? Castro Lopes explicou ao NM que acontece geralmente de um modo repentino, como resultado de “uma porção do cérebro que deixa de ser alimentado normalmente através do fornecimento de sangue”.

Por se manifestar de diversas formas, dependendo da zona do cérebro afectada, a SPAVC definiu três sinais que devem ser considerados um AVC: “Perda de força de um membro superior, desvio da parte inferior de uma metade da face, dificuldade em se expressar correctamente”.

Falando em factores de risco, o neurologista descortinou que a tensão arterial elevada, tabagismo sedentarismo, diabetes ou a fibrilhação auricular (perturbação do ritmo cardíaco) são favorecedores do aparecimento de AVC.

No entanto, Carlos Lopes relembrou que “o colesterol elevado e o abuso de bebidas alcoólicas têm igualmente grande expressão no seu desenvolvimento”.“Sobre estes, podemos actuar através da modificação de hábitos de vida, nomeadamente alimentação e correcção medicamentosa”, contou o presidente da SPAVC, lembrando a idade como um factor de risco sobre o qual não podemos actuar: “O AVC está fundamentalmente ligado ao envelhecimento e basta conhecer as projecções do Instituto Nacional de Saúde sobre o envelhecimento populacional para 2050 para ficarmos seriamente preocupados”.

Falando em tratamento, o neurologista adiantou que “uma vez reconhecido através dos sinais atrás referidos – sendo que o mais típico é a diminuição de força de um dos lados do corpo [a denominada hemiplegia] o agora doente deve, através do 112, e da via verde extra hospitalar, ser conduzido a um hospital dotado de unidade de tratamento de fase aguda do AVC”.Um acompanhamento que, segundo Castro Lopes, deve ser feito nas primeiras três horas do seu aparecimento de modo a que seja possível “administrar a necessária medicação e diminuir a mortalidade”.

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