Os roubos são quase diários e os alvos são marcos do correio de Lisboa e dos arredores da capital. "A situação é quase incontrolável", admite uma fonte judicial. A PSP tem em mãos centenas de queixas de pessoas e empresas que enviaram por correio cheques para pagar bens ou serviços e ficam sem o dinheiro e com as dívidas por pagar. O montante total desviado nos últimos meses ainda não foi calculado com exactidão, mas uma fonte próxima da investigação admite que "chega aos 500 mil euros".
Em Maio do ano passado, a PSP desmantelou um grupo que em poucos meses juntou 233 mil euros. Seis suspeitos ficaram em prisão preventiva e um total de 17 pessoas vão a julgamento. Mas a organização inspirou seguidores. A PSP está a investigar pelo menos um grupo bastante activo, mas não há indícios suficientes para os deter. "Não basta apanhá-los quando arrombam os marcos. É um crime de dano ou furto simples, uma bagatela jurídica", explica uma fonte judicial. "É preciso vigiar, seguir e recolher prova para os poder acusar de burla ou associação criminosa".
Para arrombar os marcos basta um martelo e um escopro. Os ladrões levam todas as cartas, escolhem as que têm nomes de empresas no remetente ou no destinatário e deitam fora o resto. Atacam à noite, depois da última recolha e à quinta-feira, quando o volume de correspondência é maior.
Quando apanham cheques, tratam da falsificação: "Os cheques são endossados com um carimbo falso ou com um programa informático e uma impressora", explica a fonte. Depois, é necessário arranjar testas-de-ferro - muitas vezes imigrantes de Leste ou brasileiros - que abrem contas e depositam os cheques endossados. "Se tiverem conta no mesmo banco da empresa, podem levantar o dinheiro no mesmo dia. E ficam com uma percentagem, normalmente 10 por cento. Os bancos não verificam as assinaturas dos endossos. É um crime fácil de cometer".
Os lesados são particulares ou pequenas firmas como farmacêuticas, gabinetes de arquitectura e prestadores de serviços. Há processos espalhados por Sintra, Oeiras e até Leiria. Um procurador do DIAP de Lisboa e a PSP, em colaboração com os próprios CTT, estão a tentar centralizar todos os processos de uma forma mais ou menos oficial. Já houve resultados: 17 pessoas vão a julgamento por, segundo a acusação do Ministério Público, desviarem 233 mil euros entre Setembro de 2006 e Maio do ano passado. Paulo B., líder do grupo, terá herdado uma chave-mestra que abria todos os marcos mais recentes (com venda automática de selos) de um homem preso pelo mesmo tipo de crime. Em poucos meses, roubou cartas em quase todos os marcos da capital. Nos golpes usava um jipe BMW e um Audi TT. Contratou romenos e brasileiros, e até a mulher entrou no esquema.
O grupo foi investigado pela 4ª divisão da PSP e vai a julgamento acusado de associação criminosa, burla qualificada e furto.
Fonte:Expresso
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