terça-feira, 28 de abril de 2009

Cais quinhentista pára obras no Terreiro do Paço

Descoberta de cais quinhentista, junto ao paredão poente, atrasa duas semanas as obras no Terreiro do Paço. A estrutura já foi desmontada, registada e que ficará, provisoriamente no Museu da Cidade.

O presidente da Câmara de Lisboa afirmou hoje que apesar das descobertas arqueológicas no Terreiro do Paço, o prazo de conclusão das obras, previsto para o final de Maio, será cumprido.

«No conjunto estamos a cumprir os objectivos e não temos qualquer razão para rever prazos. Se não houver surpresas daqui para a frente, a Ribeira das Naus reabrirá na altura prevista», afirmou António Costa.
Quanto à descoberta «por enquanto ficará no Museu da Cidade, depois logo se verá. Quem sabe poderá no futuro ser aproveitada a ideia de fazer um museu pré-terramoto onde o cais pudesse ficar».

O presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), que também acompanhou a visita, sublinhou a importância do cais descoberto junto ao torreão poente e considerou que aquela estrutura «deveria ser tornada pública».
«Aqui é como estar a trabalhar na Praça de São Pedro, em Roma. Era natural e previsível que se encontrassem vestígios importantes e isto veio confirmar o que supúnhamos existir no Terreiro do Paço.
Este é o mais importante vestígio descoberto nesta obra», afirmou o responsável.
Além deste cais quinhentista, de onde partiam as naus para as descobertas, foram igualmente descobertos um outro pequeno cais com muro de suporte do século XVII (perto do Arsenal da Marinha) e uma escadaria pombalina (perto da Rua do Arsenal), que serão mantidos debaixo do chão.
SAPO/ Lusa

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