segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lisboa conta com três novos monumentos nacionais

Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Fundação Gulbenkian, Jardim Botânico e campo de Aljubarrota são monumentos nacionais

Das quatro novas classificações como monumentos nacionais, aprovadas em Conselho de Ministros, três situam-se em Lisboa (Igreja do Sagrado Coração de Jesus, o edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian e o Jardim Botânico de Lisboa), o que, segundo a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, "vem reforçar a importância que o município de Lisboa atribui a esses locais". O Campo da Batalha de Ajubarrota e a área envolvente é o único classificado como monumento nacional que não se situa na capital.

Segundo um comunicado do Fórum Cidadania Lx, esta classificação vem evitar "sérias consequências" para o Jardim Botânico de Lisboa, "como resultado da aplicação do Plano de Pormenor do Parque Mayer". Este jardim começou a ser plantado em 1858, sendo resultado dos trabalhos dos jardineiros-paisagistas Edmond Goeze e Jules Daveau, mas também dos professores Conde de Ficalho e Andrade Corvo. Este decreto-lei que classificou estes espaços como monumentos nacionais refere ainda que o jardim constitui "uma das mais valiosas colecções botânicas em Portugal".

O Campo de Batalha de Aljubarrota e a área envolvente merece esta classificação dada a sua "importância histórica", mas também porque foi "pretexto para o desenvolvimento de uma táctica militar inédita, apurada na Guerra dos 100 anos e posta em prática por D. Nuno Álvares Pereira, de que é testemunho o complexo sistema defensivo, constituído por cerca de 800 covas de lobo e dezenas de fossos, posto a descoberto nas campanhas arqueológicas que decorrem desde 1958". Alexandre Patrício Gouveia, presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, referiu à Lusa que a fundação mantém dois objectivos para o espaço: "p enriquecimento dos conteúdos expositivos" e a "recuperação paisagística".

A Igreja do Sagrado Coração de Jesus (Rua Camilo Castelo Branco, Lisboa) é uma obra dos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, e é, segundo este decreto-lei, um edifício que "inova decisivamente no plano da concepção do espaço litúrgico, e que se enquadra numa estética neo-brutalista", sendo assim uma "referência no âmbito da arquitectura portuguesa do século XX".

Já o conjunto do edifício-sede e parque da Fundação Calouste Gulbenkian é também dedinido como uma referência "na arquitectura nacional e internacional".

Com esta classificação, estes espaços devem ser a partir de agora "objecto de especial protecção e valorização, no quadro da obrigação do Estado de proteger e valorizar o património cultural". (DN)

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