domingo, 6 de janeiro de 2008

Argumentos dos que defendem a partidocracia

Os «pequenos partidos» gastam dinheiro aos contribuintes. Nenhum dos chamados «pequenos partidos» - porque assim os resolveram chamar - recebe subvenções do Estado. Mas pagam as mesmas multas, e seguem as mesmas regras, que o Tribunal Constitucional aplica aos partidos com representação parlamentar. E recebem, estes sim, subvenções estatais - a pergunta é: para quê?!

Os «pequenos partidos» ocupam tempo de antena. Se isso fosse realmente um problema - que não é - seria simples. Eram alteradas as regras do tempo de antena, a solução nunca seria extinguir os partidos. Mas também as associações de professores do sul e os sindicatos de metalúrgicos do norte ocupam tempo de antena. E ninguém falou nesses tempos de antena, só usam esse argumento tratando-se dos partidos incómodos, ou pequenos como lhes resolveram chamar.

Os «pequenos partidos» representam poucos cidadãos. Todos juntos, esses partidos representam em votos mais de 100.000 pessoas. O MRPP, por exemplo, teve perto de 50.000 votos nas últimas autárquicas. Movimentos ou associações há, esses sim sem lógica de existência, que facilmente preenchem o requisito dos 5.000 filiados. Alguém se lembra do Movimento do Doente? Ou então, que tal transformar o Benfica não em um mas em 1200 partidos políticos?

Os pequenos partidos têm poucos militantes. Os partidos não são obrigados a ser partidos de massas, à boa maneira soviética. Um partido pode ter 100 membros e ser incomensuravelmente melhor que um partido com 10.000 assinantes por correspondência. Aliás, o mais provável até é que assim aconteça. De qualquer forma, foi o Partido Socialista que teve necessidade de sequestrar umas centenas de reformados nas últimas eleições intercalares, em Lisboa, para compor o ramalhete dos 'eufóricos' festejos de António Costa.

Os pequenos partidos têm que apresentar resultados. A eficácia das associações políticas, sejam partidos, movimentos, ou outra coisa qualquer, avalia-se nas sondagens. Sejam elas eleições públicas ou estudos privados. Mas uma simples sondagem não tem qualquer consequência prática se não for traduzida em poder. É para isso que servem as eleições, para dar poder a quem alcança eficácia junto dos eleitores. Quem não alcança, não o recebe, tão simples quanto isso e já um bom preço a pagar.

Há muitos quadrados no boletim de voto. Há incomparavelmente mais na declaração de IRS, esta é obrigatória, e tem de ser feita todos os anos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Um excelente texto,que sendo simples defende e bem o porque de haver partidos sejam eles pequenos ou grandes.

Anónimo disse...

o benfica?!?!? porra isso é que não!!!!!

Anónimo disse...

estes xuxialistas querem tudo so para eles !