quarta-feira, 5 de março de 2008

Não é por gritar mais que se tem razão!

Temos vindo a assistir nos ultimos dias, a sucessivas manifestações de professores, os quais se sentem penalizados, pelo facto de, ter o Ministério da Educação decretado, a sua avaliação de desempenho profissional.

Independentemente do facto de a Lei ser confusa e pouco funcional em termos da sua aplicação prática, faz para mim todo o sentido, que os professores sejam regularmente apreciados, na sua actividade.

O que perturba esta classe, é a fiscalização a que passa a estar sujeita, sendo a actual reacção em cadeia, um reflexo da insegurança que sentem, quer relativamente às suas capacidades de docentes, quer em relação à exposição, a que passam a estar sujeitos.

A classe dos professores, criou a partir do 25 de Abril, vicios pouco saudáveis - que radicam essencialmente na politica que se implementou no sector do ensino - através de uma Marxização deste numa primeira fase, que evoluiu para patamares de manipulação programada e estratégica, das novas gerações de alunos.

Nesta fase de contestação, assiste-se simplesmente à reacção contra o Governo, de um dos sectores profissionais, que tem tido maior autonomia e poder reivindicativo, da história da 3ª Republica. Ao recusarem este modelo de avaliação que lhes é imposto, estão os professores a deixar vir ao de cima a sua arrogância e prepotência de «lobi», que se julgava impune a ser examinado.

Se o que contestam é o modelo de avaliação, têm o dever de negociar com o Governo, no sentido de, propondo outro, chegarem progressivamente a uma plataforma de entendimento com o Ministério da Educação.

No PNR, não contestamos o poder, só porque é poder! Neste caso do alarido histérico dos professores, quer-me parecer que apesar da Lei ser demasiado complexa e pouco prática em termos da sua aplicação, não tenho duvidas, que faz sentido, os professores - tal como qualquer sector profissional - serem avaliados no seu desempenho! E só teme, quem deve!

2 comentários:

Anónimo disse...

Os professores não podem estar acima da lei. Andam hà 33 anos a fomentar facilitismos, irreverências, igualdades entre professores e alunos, amplas liberdades, etc. agora queixam-se que o ensino está degradado, mas eles são os principais responsáveis.
Gostaria de ver era os senhores professores a manifestarem-se exigindo mais educação, mais autoridade, mais disciplina, mais ordem.
Esta classe sempre arrogante, libertina e insatizfeita ao preocupar-se unicamente com o seu umbigo torna-se completamente desprezivel aos olhos dos pais dos alunos.

Cidadão indignado.

Henriques disse...

De facto, uma parcela considerável da responsabilidade do actual esvaziamento cultural da sociedade Portuguesa, é dos professores do secundário, que têm sido os testas de ferro da politica de estupidificação do povo Português, politica essa programada pelos Governantes.
Para levar a cabo medidas, como as que têm sido conduzidas pelos politicos, interessava que existisse em Portugal, uma população predominantemente imbecilizada e ignorante.
Transmitiu-se ao cidadão comum, a ideia do livre acesso ao ensino, só que esse ensino, foi o sector mais controlado pelo poder, por terem a noção clara da sua importância na deformação das mentalidades.
O resultado está à vista, 34 anos depois: Um povo cujas referencias culturais têm sido as telenovelas, os centros comerciais, o futebol e um jornalismo paupérrimo, tambem ele, parcela determinante no processo.
A Maçonaria, enquanto organização estruturada e metódica tem sabido bem levar a água ao seu moinho.
Os professores têm sido um dos seus muitos instrumento, bem como um dos principais!!