terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Assaltos aumentam a distribuidores de tabaco em Lisboa

Nos últimos tempos foram registados diversos assaltos a distribuidoras de tabaco nas regiões de Lisboa e do Porto. Os armazenistas garantem que o medo já se instalou no sector, enquanto as autoridades suspeitam que o tabaco roubado seja para vender no mercado negro a um euro.

Há uma nova onda de assaltos violentos a distribuidores de tabaco nas regiões do Porto e Lisboa. Os armazenistas referem o medo que já se instalou no ramo e que, apesar do desemprego, ninguém quer trabalhar no sector.

As autoridades andam no rasto dos autores destes assaltos e suspeitam que os maços roubados são depois vendidos no mercado negro a um preço simbólico de um euro.

Um dos últimos assaltos a carrinhas de transportes de tabaco no Norte do país aconteceu em Mosteiro, no concelho da Trofa, com os assaltantes a bloquearem a rua com um veículo e depois a entrarem no café onde se encontravam os dois vendedores de tabaco.

O grupo acabou por levar a carrinha mas, neste caso particular, graças à intervenção rápida da polícia, o assalto apenas rendeu algum dinheiro e uma caixa de tabaco.

Este foi apenas um caso, mas a verdade é que quase todos os distribuidores de tabaco tem em carteira algumas histórias de medo e violência para contar.

Desde o início do mês de Fevereiro foram já sete os assaltos a transportadores de tabaco só na região do Porto enquanto na zona de Lisboa já foram contabilizados 13 roubos.

Os armazéns também não escapam a esta onda de assaltos com os comerciantes e a polícia a suspeitarem que se tratam de encomendas para o mercado negro onde cada maço é vendido ao preço de um euro, ou seja, três vezes menos que o preço fixado por tabela.

Estas são razões que levam a que cada vez menos os armazenistas trabalhem no sector onde podem dar a vida por um emprego e onde a dificuldades são muitas e os lucros cada vez menos.
RTP

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