quarta-feira, 13 de abril de 2011

Lisboa e Vale do Tejo está a envelhecer rapidamente

A população da Região de Lisboa e Vale do Tejo está a envelhecer rapidamente. Esta é uma das conclusões do Relatório Anual do Observaturium – Observatório Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que hoje foi divulgado e que analisa a primeira década do século XXI.

O saldo natural – ou seja, a relação entre nados-vivos e óbitos - é cada vez mais baixo, embora ainda esteja acima do nacional.

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo há, em média, 109 idosos para cada 100 jovens mas na Chamusca, por exemplo atinge os 235/100. Na Península de Setúbal, o Barreiro é o concelho mais envelhecido com 141,5 idosos por cada 100 jovens. Do outro lado da tabela estão os concelhos que querem contrariar a tendência: Sintra e Vila Franca de Xira que, com os da Moita e de Mafra são também os que têm mais jovens.

Esta é terceira região do país com a taxa de desemprego mais elevada e os atingidos pelo desemprego de longa duração são cada vez mais. Há cada vez mais mulheres no mercado de trabalho mas, em média, ganham menos que os homens e as maiores disparidades registam-se na Península de Setúbal.

Na última década os habitantes da região ganharam 1,2 anos de vida, o correspondente ao aumento da esperança de vida à nascença. Para tal terá contribuído ao acesso mais fácil aos cuidados de saúde e ao médico. A Região de Lisboa e vale do Tejo tem o número mais elevado de médicos por habitante, mas há diferenças… se na Grande Lisboa é de 6 clínicos por cada mil habitantes, em Tomar é apenas 1.

Os habitantes da Região de Lisboa e Vale do Tejo usam cada vez mais os transportes públicos, sobretudo nas deslocações entre as periferias e a cidade de Lisboa mas não se nota muita diferença no consumo de combustível. O que estão a gastar mais é energia, embora com aumentos moderados em relação à tendência nacional.

A região que tem a maior densidade nacional do país também é a que faz cada vez mais lixo. Mas ao contrário do que seria de esperar, baixou o nível de recolha selectiva. E o pior exemplo veio dos municípios da Grande Lisboa. Mau exemplo que também se vê na reabilitação urbana, que baixou significativamente na última década.

A região tem mais de um terço da população nacional, no entanto cerca de metade dos eleitores não se mostra interessada em participar em actos eleitorais. Os mais abstencionistas são os de cascais, seixal, Moita e Setúbal; os mais participativos são os de Alcochete. (RR)

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