terça-feira, 26 de março de 2013

Hospitais de Lisboa vão perder mil camas

As unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) vão perder mil camas dentro de três/quatro anos e alguns profissionais da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) serão encaminhados para instituições com carência de profissionais, disse o presidente da administração regional, nesta terça-feira.

Luís Cunha Ribeiro, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), foi uma das testemunhas hoje ouvidas no Tribunal Administrativo de Lisboa, no julgamento da providência cautelar contra o encerramento da MAC.

Para o responsável, as cerca de 1.700 camas afectas às seis unidades de saúde que compõem o CHLC irão dar lugar a menos de 800, que são as previstas para o futuro Hospital de Lisboa Oriental, que deverá abrir em 2016 e que receberá estes hospitais.

O objetivo, disse, é que, «pouco a pouco e de forma indolor» este número de camas vá encolhendo e também na área de partos.

Segundo Luís Cunha Ribeiro, o Hospital Dona Estefânia (HDE) tem condições para acolher os três serviços que migrarão da MAC para esta instituição: ginecologia, obstetrícia e neonatologia.

A ARSLVT estima que se realizem anualmente 3 mil partos no HDE, após a transferência dos serviços da MAC, e que será este o número que estará na base do redimensionamento das equipas.

Questionado sobre o destino das equipas, Luís Cunha Ribeiro garantiu que as mesmas não serão destruídas, mas que existirá «uma reafetação» e, a esse propósito, disse que há instituições com uma enorme carência de profissionais, dando o exemplo do Hospital São Francisco Xavier.

O presidente da ARSLVT assumiu que as medidas na área da reorganização hospitalar, afetando a área materno-fetal, visam a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também ter em conta a diminuição da natalidade em Portugal.(TVI24)

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