segunda-feira, 13 de julho de 2015

Lisboa vai ter mais dois túneis

A Câmara de Lisboa anunciou, esta segunda-feira, que vai construir, até 2019, túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato para combater as inundações na cidade, num investimento de 170 milhões de euros.

Na apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa 2016-2030, o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), classificou este como o "projecto mais importante e estruturante das últimas décadas para o futuro de Lisboa", que visa "combater as inundações na cidade e combater as consequências das cheias e das inundações na vida das famílias e das empresas" que aqui operam.

Das infraestruturas previstas, por um período de 15 anos, a maior é o túnel entre Santa Apolónia, Santa Marta e Monsanto, com um diâmetro de cinco metros e uma extensão de cinco quilómetros.

Este túnel vai desviar os caudais pluviais do caneiro de Alcântara e os caudais das bacias das avenidas da Liberdade, Duque de Loulé e Almirante Reis, evitando inundações na baixa pombalina.

Trata-se, assim, de "uma grande barreira [...], que desvia da zona baixa da cidade uma parte importante dos caudais de água que são os responsáveis pelas inundações mais severas", assinalou Fernando Medina.

O outro túnel ligará Chelas ao Beato e terá uma extensão de mil metros. Em complemento, serão realizadas obras de desconexão de colectores na zona baixa de Xabregas.

Será ainda feito um colector de reforço entre as avenidas de Berlim e Infante D. Henrique, com um diâmetro de 2,5 metros.

De acordo com a Câmara de Lisboa, as obras nos túneis serão iniciadas em meados de 2016, para estarem concluídas no final de 2019.

Já o colector de reforço começará a ser construído no início de 2017, devendo estar pronto em meados de 2018.

Além destas, serão feitas outras intervenções, como o reforço de colectores, a separação e controlo de caudais e a criação de reservas de armazenamento. (Económico)

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Lisboa em 2020. O futuro é mais verde mas não escapa às grandes obras

Jardim da Cerca da Graça

São quase dois hectares de verde, com um quiosque, uma esplanada, um pomar e um parque infantil. O Jardim da Cerca da Graça abriu este mês e veio unir a Baixa de Lisboa ao bairro da Graça. Quem aprecia a paisagem não imagina que o espaço já fazia parte dos planos do vereador Sá Fernandes desde 1995 quando, ainda sem responsabilidades autárquicas, escreveu uma carta à câmara a pedir um jardim para aquele terreno. O projecto foi aprovado em 2009 pelo executivo e o final das obras chegou a estar anunciado para 2011. Os trabalhos só começariam, afinal, em 2013, com sucessivas paragens na empreitada que levaram a que a inauguração acontecesse há pouco mais de uma semana. Nesse dia, Sá Fernandes não escondeu a satisfação por ver concluída uma obra pela qual lutava há 20 anos. Trata-se de “um jardim público onde ele mais falta fazia”, defendeu.

Terraços do Carmo

Com a inauguração do Miradouro dos Terraços do Carmo, a Câmara de Lisboa deu por concluído o plano de recuperação do Chiado, quase 27 anos depois do incêndio de 1988. A construção deste jardim suspenso, da autoria do arquitecto Siza Vieira, teve um custo total de cerca de dois milhões de euros e foi financiada com verbas do município e também do Turismo de Portugal. Além de fazer ligação entre o Largo do Carmo e a Rua Garrett, é através deste novo jardim que se poderá ter acesso às ruínas do convento do Carmo. No mesmo dia – 10 de Junho –, a autarquia inaugurou o Elevador de Santa Luzia, que liga a Rua Norberto Araújo, em Alfama, ao Miradouro de Santa Luzia, acabando com um desnível de cerca de 15 metros.

Museu dos Coches

Mesmo no dia da inauguração, a obra que já devia estar acabada há dois anos estava ainda longe de funcionar em pleno. Mas não se podia fugir ao 23 de Maio deste ano, exactamente 110 anos depois de a rainha D. Amélia ter criado a instituição.
O museu, que custou 40 milhões de euros, tem um orçamento anual que ascende a 2,7 milhões de euros, dos quais 500 mil virão directamente do Estado. Está previsto que o dinheiro que falta venha do apoio da Fundação Millennium BCP e da receita das bilheteiras (visitar o novo museu custa seis euros). Com uma estimativa de 350 mil visitantes por ano, teve um início em grande, com quase 20 mil entradas no primeiro fim-de-semana. Se no dia da inauguração ainda não havia biblioteca, cafetaria ou restaurantes, agora conta já com uma geladaria Santini, que teve até honras de abertura com a presença de Cavaco Silva, vizinho do novo espaço.

Ribeira das Naus

Com os dias de calor, é ver centenas de lisboetas a aproveitar a brisa à beira- -rio e os turistas, normalmente mais arrojados, a fazer da relva uma praia com direito a trajes de banhista. A inauguração foi há quase um ano, mas os ajustes foram-se fazendo, assim como foram chegando os negócios de quiosques e carrinhos de street food. Com todos os elementos a colaborar – pessoas, refrescos e sol –, está feito um dos locais mais in da cidade e que conseguiu cumprir o seu objectivo inicial: “devolver o rio Tejo às pessoas”, slogan várias vezes usado pelo anterior presidente, António Costa.
A requalificação total da Ribeira das Naus representa um investimento total de cerca de 10 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Corredor verde

Ninguém pode negar que Lisboa está mais verde e para essa constatação contribuíram a inauguração de novos jardins e miradouros, a renovação de árvores e a abertura de mais corredores verdes. Reflectido em números, o aumento dos espaços verdes é já de 345% desde 2007, resultado da intervenção em mais de 50 hectares. Este mês, o vereador da Estrutura Verde, José Sá Fernandes, anunciou que a capital vai ter aquele que será o corredor verde “mais espectacular da Europa”, com ligação entre Monsanto e o Rio Tejo, mais concretamente com fim marcado na Praça 25 de Abril, em Marvila. Os quilómetros que vão passar, por exemplo, pelas Avenidas Duque d’Ávila e Rovisco Pais, vão ter hortas, parques infantis, parques de skate e vinhas em toda a sua extensão.

Novos hotéis

Camas e quartos para dormir em Lisboa não faltam. Os números facultados ao i pelo Turismo de Lisboa mostram que no ano passado abriram 12 novas unidades hoteleiras e só este ano já se juntavam mais nove. Mesmo assim, projectos para o futuro não faltam e a câmara aprovou já a criação de quatro novos hotéis e a ampliação do Bairro Alto Hotel, no Largo Camões. Sem sair do Chiado, os lisboetas vão ver nascer mais uma unidade de cinco estrelas na Rua António Maria Cardoso. Já mais próximo do Marquês de Pombal, está prevista a abertura de um hotel na Duque de Loulé e outro na Rua Duque de Palmela. O quarto edifício vai nascer na zona histórica da cidade, com a alteração e ampliação de um estabelecimento na Rua de Santiago, junto à Sé, que vai passar a ser de cinco estrelas.

Pavilhão Carlos Lopes

O Pavilhão Carlos Lopes, construído na década de 1920 para celebrar o 100.o aniversário da independência do Brasil, foi encerrado por falta de condições de segurança em 2003. Desde então foram pensadas várias alternativas para o espaço de propriedade municipal, situado no Parque Eduardo VII, mas nenhuma passou do papel. Tudo parecia estar finalmente resolvido com a decisão da autarquia de entregar o pavilhão ao Turismo de Portugal, que aí pretendia realizar eventos culturais, artísticos e desportivos. Esta semana, porém, o vereador do Urbanismo garantiu que o espaço não pode ser subconcessionado a privados, mesmo com a cedência à Associação de Turismo de Lisboa por 50 anos. O assunto vai ser agora apreciado pela assembleia municipal.

Feira Popular

O ano de 2003 foi o último de diversão na Feira Popular. A partir do seu encerramento, começou a tormenta. Com Santana Lopes na presidência da autarquia, deu-se início a uma permuta de parte dos terrenos da Feira Popular, então propriedade da câmara, pelos do Parque Mayer, que pertenciam à Bragaparques. Em 2014, a assembleia municipal autorizou a câmara a pagar cerca de 101 milhões de euros à Bragaparques para a aquisição dos terrenos, que foram agora postos à venda por 135,7 milhões de euros. Agora, e por sugestão do PCP, a proposta de alienação dos terrenos foi alterada para garantir que pelo menos 20% do que for construído no local se destine a habitação. O resto do espaço será usado para comércio, serviço, turismo e espaços verdes, sendo previsto que os dois primeiros ocupem uma área não inferior a 60% do total.

Santa Apolónia

Em 2008, Manuel Salgado garantia que a desactivação da Estação de Santa Apolónia não estava “nem pouco mais ou menos” nos planos da autarquia. Hoje, o discurso é outro e o vereador pôs o assunto em debate, com a proposta de desactivação do terminal ferroviário, que dará lugar a um jardim. Apesar de polémica, a ideia não é nova. Já em 2008, quando foi lançado o projecto de ampliação da Estação do Oriente, o então presidente António Costa defendeu que devia ser equacionada a desactivação de Santa Apolónia para que fosse transformada num terminal de cruzeiros. O vereador vê agora como “visão de futuro” o encerramento da gare para dar lugar a um espaço verde com ligação ao Tejo. Ao i, o vereador Sá Fernandes mostrou-se um apoiante da ideia e acredita que o edifício não será demolido, traçando até três dos destinos possíveis: hotel, centro de congressos ou edifício de apoio aos cruzeiros. As linhas férreas, essas, serão desactivadas, mas avança a hipótese de uma delas poder ser usada para prolongamento do metro.

Torre de escritórios na Fontes pereira de melo

Pensar que o edifício mais alto do mundo tem 828 metros e 163 andares faz do Hotel Sheraton – o mais alto de Lisboa – quase uma anedota. Com uns modestos cem metros de altura e 26 andares, o hotel está em vias de ganhar um vizinho que, apesar de arrojado para a construção standard lisboeta, ainda não representa perigo no que toca a recordes de altura. A Câmara de Lisboa aprovou a construção de uma torre de escritórios na Avenida Fontes Pereira de Melo, no Saldanha, com 17 andares. A área de intervenção do projecto abrange quatro prédios urbanos, nos números 39, 41 e 43 da Avenida Fontes Pereira de Melo e no número 2 da Avenida 5 de Outubro. O edifício vai ter quase 68 metros de altura e um parque com seis pisos de estacionamento subterrâneo, com capacidade para 194 lugares de estacionamento privativo e 49 de uso público.

Parque de estacionamento no Campo das cebolas

A Câmara de Lisboa aprovou há um ano o projecto para construir um parque de estacionamento no Campo das Cebolas, gerido pela EMEL, com capacidade para 230 lugares. Apesar de as obras ainda não terem começado, o plano de actividades da empresa municipal para 2015 prevê um total de investimento de 24 milhões de euros, dos quais 2,8 milhões dizem respeito à construção deste parque, dando conta até de um aumento do número de lugares para 260. Mais uma vez, essa proposta também não é novidade nos debates municipais: a autarquia já tinha aprovado a construção de um silo automóvel de quatro pisos, um deles subterrâneo, mas acabou rejeitado em assembleia municipal por todos os partidos da oposição.

Palácio da Ajuda

As obras previstas para o Palácio da Ajuda prevêem não só a recuperação da fachada do edifício como também a instalação, em permanência, das jóias da Coroa Portuguesa. No final do ano passado, o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, referiu que pretende utilizar para esta requalificação os 4,4 milhões de euros do seguro das jóias da Coroa, roubadas em 2002 quando saíram de Portugal para uma exposição na Holanda. O Palácio da Ajuda, assim como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos ou o Museu dos Coches, fazem parte de um eixo de Lisboa que conta agora com uma estrutura que tem como missão elaborar o Plano Estratégico Cultural da Área de Belém. António Lamas, presidente do CCB e agora também coordenador deste plano, há muito que tem vindo a apresentar ideias de transformação daquela zona ribeirinha. Entre elas, e das mais polémicas, está a proposta de enterramento da linha de comboio que separa a zona dos monumentos do rio. Está previsto que o plano seja entregue à tutela nos próximos dois meses. (I)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Vai gozar o Santo António em Lisboa? Atenção às alterações de trânsito

A circulação automóvel no centro de Lisboa, tal como nas zonas dos bairros típicos da cidade, vai sofrer fortes restrições, a partir de sexta-feira, por força dos festejos de Santos António e do desfile das marchas populares.

Na Avenida da Liberdade, por exemplo, na madrugada de dia 12 de Junho, o eixo central entre a ruas Alexandre Herculano e das Pretas vai estar totalmente cortado ao trânsito entre as 01h00 e as 05h00, para a realização de preparativos para o desfile das marchas.

Ainda no dia 12, mas mais tarde, a partir das 18h00 a Avenida da Liberdade e ruas circundantes, desde o Marquês de Pombal até ao Rossio, vão voltar a ser cortados ao trânsito.

“As alterações à circulação e os respectivos desvios de trânsito serão devidamente coordenados no local por entidade policial”, informa a Câmara Municipal de Lisboa, em comunicado.

Além da Avenida da Liberdade, também os bairros mais típicos vão estar fortemente condicionados. É o caso de Santa Maria Maior, São Vicente e Misericórdia. Nestes bairros, muitas artérias começam a estar com restrições a partir das 18h00 de dia 12 e prolongam-se até às 07h00 do dia seguinte.

Conheça em pormenor as restrições na Avenida da Liberdade e nos bairros típicos.  (RR)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

10 de Junho - Dia de Portugal e da Raça

As origens do Dia de Portugal, remontam ao inicio do século XX (1924). O Dia de Camões começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo instituído em Portugal por António de Oliveira Salazar, em 1933.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Câmara de Lisboa assume culpas na degradação do Parque das Nações

O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, admitiu que a autarquia tem responsabilidades na degradação do espaço público da freguesia do Parque das Nações, garantindo que estão previstos investimentos na recuperação destes espaços.

Durante a assembleia de freguesia extraordinária do Parque das Nações, que decorreu na segunda-feira à noite e se prolongou pela madrugada de hoje, no auditório Mar da Palha do Oceanário de Lisboa, o autarca fez questão de marcar presença na sessão por considerar que, «por um lado, é muito importante, abertamente, discutir o futuro do Parque das Nações e, por outro lado, é para assumir responsabilidades».

«Para assumir responsabilidades, ou seja, acho que nestas coisas a culpa não pode ficar solteira e entendo que grande parte das responsabilidades do que aconteceu [ao Parque das Nações] foram da Câmara Municipal de Lisboa», afirmou o vice-presidente da autarquia, dirigindo-se a uma plateia de mais de uma centena de moradores deste bairro.

Duarte Cordeiro disse compreender a indignação dos moradores, explicando que «quando as pessoas sentem que há determinados espaços públicos que começam a degradar, a sensação é que isto não tem fim».

Em relação à origem dos problemas no espaço público do Parque das Nações, o autarca mencionou a dificuldade de constituição da Junta de Freguesia, por ter sido criada de raiz, e a herança de contratos que transitaram da Parque Expo - sociedade pública responsável pela gestão do bairro até 2012 -, para a Câmara de Lisboa.

«A Parque Expo funcionava com défice, com custos de recursos humanos absolutamente exorbitantes», afirmou Duarte Cordeiro.

A Câmara de Lisboa tentou «manter muitos dos contratos que existiam no Parque das Nações, da mesma maneira que houve a tentativa de passar alguns contratos para a Junta de Freguesia 'a posteriori'».

O vice-presidente da Câmara de Lisboa e vereador das Estruturas de Proximidade e Gestão da Mobilidade admitiu ainda que, entre o final de vigência de um contrato e o início de outro contrato, existiram intervalos sem manutenção, estando sob gestão da autarquia, sendo que «foi nesse período que, infelizmente, se degradaram alguns dos espaços verdes».

A assembleia de freguesia extraordinária contou com a intervenção inicial de 17 moradores e empresários do Parque das Nações, que expuseram o desagrado em relação ao mau estado do espaço público do bairro, responsabilizando o executivo da Junta de Freguesia e exigindo que se demita.

O presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, José Moreno, esclareceu que a recuperação do espaço público exige tempo e orçamento, frisando estar tão desagrado como todos os moradores.

«A nossa predisposição é restituir aquilo que foi o nosso Parque das Nações no passado», assegurou José Moreno.

No que diz respeito a projectos por parte da Câmara de Lisboa na recuperação dos espaços públicos do Parque das Nações, estão previstas obras nos pavimentos na Alameda dos Oceanos, no âmbito da mega Empreitada Trabalho Diversos (ETD), a partir de Setembro.

Os passadiços do Rossio dos Olivais e dos jardins Garcia D'Orta também vão ser recuperados, com um orçamento previsto de 200 mil euros, assim como o passadiço da ponte junto ao bar Cuba Livre, com mais de 50 mil euros orçamentados.

Em relação aos problemas de iluminação, ao longo deste ano vão haver intervenções no passeio do Neptuno e Ulisses, orçamentadas em cerca de 100 mil euros, e, posteriormente, estão previstas obras com projecto de execução feito em cerca de 300 mil euros.

Duarte Cordeiro anunciou também que vão ser realizadas duas intervenções no parque infantil no Parque Tejo, uma parte a começar já em Julho.

Cerca de 60 obras de arte pública do Parque das Nações já estão a ser reabilitadas, através de um acordo entre a Câmara e a Junta de Freguesia, assinado na segunda-feira.

No final da Assembleia de Freguesia, foi votada uma proposta do PCP para a criação de um «grupo de trabalho alargado para acompanhamento dos problemas do espaço público e debate das alternativas de intervenção» para encontrar soluções, proposta aprovada por unanimidade.

A freguesia do Parque das Nações é gerida desde as autárquicas de 2013 por um grupo de cidadãos - Parque das Nações por Nós (PNPN) - liderado por José Moreno. Em Abril, o PNPN assinou um acordo de coligação com o PS.

Diário Digital com Lusa

domingo, 23 de junho de 2013

Terra Portuguesa I Notas do quotidiano

"A Turquia avisou hoje a Alemanha que sofrerá consequências se a chanceler alemã, Angela Merkel, não deixar de pôr obstáculos ao processo de adesão turca à União Europeia (UE)".

Estas declarações do Ministro Turco de Assuntos Europeus, são completamente inadmissíveis e são mais uma prova do grave perigo que vai constituir a entrada da Turquia na União Europeia.

A Turquia é um país asiático e islâmico, e que não tem um único valor civilizacional e cultural que se possa identificar com a matriz europeia.

A União Europeia só pode dar uma resposta a esta ameaça turca, e essa é : Turquia na Europa, Não !!


Governo tem «sinais significativos» para exploração de gás natural em Portugal

Esta semana fomos brindados com a notícia em que o governo afirma, ter sinais significativos da viabilidade da exploração do gás natural em Portugal, mas alertou que não será por causa dessa "descoberta energética" que o preço de energia irá baixar para o consumidor final.

Realmente nunca poderia ser expectável os preços de energia baixarem, enquanto estiver no "poder" esta corja rosa e laranja, que nada mais fazem que arranjar "esquemas" para continuar a proporcionar lucros astronómicos às empresas do sector energético.


Gestão danosa no concurso do TGV

Após ficarmos a conhecer que a comissão parlamentar de inquérito às PPP, tinha detectado desvios nos contratos das Parcerias Público-Privadas do sector rodoviário, que poderão chegar a um montante próximo de nove mil milhões de euros face ao que estava inicialmente previsto nos diversos contratos, vem agora a mesma comissão, concluir baseada em considerações do Tribunal de Contas, que existem fortes indícios de gestão danosa e de dolo, no âmbito do concurso para a construção da ligação Poceirão-Caia (TGV).

É mais um caso flagrante de uma PPP, do tempo da governação de José Sócrates, em que os únicos interesses que foram salvaguardados foram os das empresas privadas e de uns quantos políticos, enquanto que o Estado e os contribuintes portugueses terão de assumir os custos obscenos dos diversos contratos assinados .


Portugueses detidos em França com três milhões de euros em dinheiro

.."Um homem e uma mulher, ambos de origem angolana, foram detidos na noite de quarta-feira(13 Julho) quando a polícia descobriu, no veículo em que seguiam, dois milhões de euros em notas de 500."

Mais um caso entre muitos, em que o crime é praticado por "falsos portugueses", que usam a nacionalidade portuguesa, para circularem livremente pela Europa, deixando um rasto de violência e crime.

É por isso necessário e urgente, alterar a Lei da Nacionalidade, de forma a garantir o "Jus sanguini" como critério único na atribuição da nacionalidade portuguesa.


Estado já pagou 1000 milhões de euros aos bancos envolvidos nos swaps

O Estado já pagou cerca de 1000 milhões de euros a bancos que comercializaram swaps com empresas públicas, avançou fonte oficial do Ministério das Finanças.

Estes produtos considerados especialmente perigosos, pelo facto de permitirem às instituições financeiras o reembolso imediato, o que obrigaria as empresas a pagar antecipadamente as perdas associadas aos contratos que subscreveram.

Lembramos que existem 150 contratos que foram celebrados entre o sector empresarial do Estado e os bancos,os quais foram considerados altamente especulativos, estando sob investigação no Departamento Central de Investigação e Acção Penal , para apuramento de suspeitas de crimes financeiros.

Vários membros do actual governo estiveram envolvidos de forma directa na assinatura nestes contratos desastrosos e especulativos, entre os quais figura a Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Alburqueque, que enquanto Directora Financeira da REFER assinou quatro contratos "Swap" , com perdas potenciais de 32 milhões de euros para o Estado.

Estranhamente, Maria Luís Alburquerque continua de pedra em cal no governo, quando devia ter sido demitida juntamente com todos os gestores públicos das empresas de transporte público.

Desporto português está de parabéns!

A selecção lusa de atletismo adaptado, na variante masculina e feminina revalidaram o título por equipas nos Mundiais de atletismo INAS, com um total de 26 medalhas.

Por outro lado, a selecção portuguesa de Boccia, conquistou o título europeu da modalidade na categoria de pares.

A canoagem portuguesa está outra vez de parabéns, tendo conquistado mais duas medalhas nos campeonatos da Europa de Resistência. (Terra Portuguesa)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lisboa concentra em dois hospitais urgências nocturnas com todas as especialidades

A partir de 1 de Julho, apenas as urgências nocturnas dos centros hospitalares de Lisboa Norte (Hospital Santa Maria) e Lisboa Central (Hospital São José) irão dispor de todas as especialidades cirúrgicas, anunciou nesta quarta-feira o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.

Luís Cunha Ribeiro fez este anúncio aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, pelos quais está a ser ouvido, a pedido do Bloco de Esquerda. Garantindo que esta reestruturação não tem motivos economicistas, Luís Cunha Ribeiro reconheceu que a decisão leva em conta a carência de profissionais, nomeadamente em determinadas especialidades, uma vez que a partir dos 50 anos os médicos não são obrigados a fazer urgências noturnas e, a partir dos 55, estão dispensados dos serviços de urgência.

Assim, e a partir de 1 de Julho, a organização deve assentar em dois centros de trauma com todas as especialidades cirúrgicas: o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Pulido Valente) e o Centro Hospitalar de Lisboa Central (São José, Santa Marta, Capuchos, Curry Cabral, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa). O apoio nocturno de neurocirurgia mantém-se no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz) e no Hospital Garcia de Orta.

Segundo Luís Cunha Ribeiro, a reestruturação implica que “o apoio ao trauma com cirurgia geral e ortopedia se mantenha em todos os outros hospitais com urgência médico-cirúrgica” e estão a ser avaliadas outras especialidades, nomeadamente a Neurologia, a Gastrenterologia e a Psiquiatria, nas quais “o movimento não justifica mais recursos do que os que são alocados a um ou dois hospitais, no máximo”.

A anunciada reestruturação está a ser preparada há um ano e depende da colaboração dos profissionais, uma vez que implica a deslocação de alguns para os centros que estarão a funcionar durante o período nocturno (das 20h às 8h). A título de exemplo, o presidente desta ARS disse que este modelo de urgência nocturna já se pratica na área da Otorrinolaringologia, com o atendimento a ser assegurado pelo Hospital de Santa Maria.(Público)

sábado, 13 de abril de 2013

Visitas gratuitas ao interior da Fonte Luminosa da Alameda

A partir deste sábado (13 de Abril) a Fonte Luminosa na Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, terá as suas portas abertas ao público para mostrar nas galerias interiores o equipamento de bombagem e algumas peças originais, entretanto desactivadas.

As visitas são gratuitas e realizam-se todos os sábados, das 15:00 às 17:00 horas, com entrada pelo torreão sul. No exterior, podem ser contemplados, diariamente, os jogos de água (das 12:00 às 15:00 e das 18:00 às 23:00) e os jogos de luz (15 minutos após o crepúsculo solar).

A Câmara Municipal de Lisboa concluiu, em 2012, uma vasta intervenção de reabilitação do conjunto da Fonte Monumental da Alameda Afonso Henriques, tanto no interior como no exterior, com o objectivo de retomar os «jogos de água» e facultar a sua abertura ao público que, agora, se concretiza.(DD)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Urgências em Lisboa concentradas em dois hospitais

Até Julho, as urgências da zona de Lisboa e Vale do Tejo vão ser reorganizadas de forma a concentrar nos hospitais de Santa Maria e de S. José algumas valências, durante a noite. É o caso das especialidades de oftalmologia, cirurgia vascular, cirurgia plástica, neurologia, gastroenterologia, psiquiatria e grandes traumatizados, segundo avança o Jornal de Negócios.

Os doentes que se dirijam a outro hospital para receberem tratamento de urgência naquelas áreas entre as 20h e as 8h “serão transferidos” para o Santa Maria ou para o S. José, com o apoio do INEM e da Linha Saúde 24, garante a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.

A reestruturação da rede já estava prevista mas será apressada devido ao chumbo do Tribunal Constitucional de quatro medidas do Orçamento do Estado para 2013, noticia o Jornal de Negócios na edição desta quinta-feira.

Fonte oficial da ARS disse àquele jornal que o objectivo é cumprir o “esforço de racionalização de recursos e em áreas que a casuística de atendimentos o permita sem perturbação da qualidade dos cuidados prestados aos doentes”.

As valências referidas estarão reorganizadas até ao final de Julho e, em relação às restantes, a ARS não se compromete com datas. Esta reestruturação no funcionamento da rede diz respeito apenas ao período nocturno, das 20h às 8h.

Actualmente, segundo o mesmo jornal, o serviço de urgência nocturno de otorrinolaringologia na zona de Lisboa e Vale do Tejo já só funciona no Hospital de Santa Maria.(Público)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

6ª Edição do Peixe em Lisboa

A sexta edição do Peixe em Lisboa, vai realizar-se entre os dias 4 e 14 de Abril, no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, numa organização da Associação Turismo de Lisboa (ATL), com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e produção da EV - Essência do Vinho.

Ao longo de 11 dias, vão estar dez restaurantes em funcionamento contínuo com degustações de peixes e mariscos, irão realizar-se mais de 20 apresentações de cozinha ao vivo no Grande Auditório Silampos, 90 aulas culinárias para aprender truques e dicas da gastronomia de mar e cerca de 500 produtos para prova e aquisição no mercado gourmet.

Os dez restaurantes convidados são A Travessa, Assinatura, Cais da Pedra, G-Spot, José Avillez, Ribamar, Sea Me - Peixaria Moderna, Spazio Buondi/O Nobre, Tasca e Cervejaria da Esquina e Umai/Izakaya. Os restaurantes terão degustações diárias de peixes e mariscos da nossa costa com preços de €5,00 e €8,00.

O mercado gourmet vai ter à disposição produtos em prova e com possibilidade de compra como azeites, conservas, compotas, vinhos, chocolates, utensílios de cozinha e peixes.

Na programação do certame constam ainda harmonizações enogastronómicas, provas comentadas de vinho, o concurso “O Melhor Pastel de Nata”, a apresentação de subchefes de restaurantes emblemáticos, de Portugal e de outros países e a demonstração de cozinha que combina frutas nacionais e peixes.

terça-feira, 26 de março de 2013

Hospitais de Lisboa vão perder mil camas

As unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) vão perder mil camas dentro de três/quatro anos e alguns profissionais da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) serão encaminhados para instituições com carência de profissionais, disse o presidente da administração regional, nesta terça-feira.

Luís Cunha Ribeiro, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), foi uma das testemunhas hoje ouvidas no Tribunal Administrativo de Lisboa, no julgamento da providência cautelar contra o encerramento da MAC.

Para o responsável, as cerca de 1.700 camas afectas às seis unidades de saúde que compõem o CHLC irão dar lugar a menos de 800, que são as previstas para o futuro Hospital de Lisboa Oriental, que deverá abrir em 2016 e que receberá estes hospitais.

O objetivo, disse, é que, «pouco a pouco e de forma indolor» este número de camas vá encolhendo e também na área de partos.

Segundo Luís Cunha Ribeiro, o Hospital Dona Estefânia (HDE) tem condições para acolher os três serviços que migrarão da MAC para esta instituição: ginecologia, obstetrícia e neonatologia.

A ARSLVT estima que se realizem anualmente 3 mil partos no HDE, após a transferência dos serviços da MAC, e que será este o número que estará na base do redimensionamento das equipas.

Questionado sobre o destino das equipas, Luís Cunha Ribeiro garantiu que as mesmas não serão destruídas, mas que existirá «uma reafetação» e, a esse propósito, disse que há instituições com uma enorme carência de profissionais, dando o exemplo do Hospital São Francisco Xavier.

O presidente da ARSLVT assumiu que as medidas na área da reorganização hospitalar, afetando a área materno-fetal, visam a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também ter em conta a diminuição da natalidade em Portugal.(TVI24)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Três jardins que a EDP devia ter feito em Lisboa ainda estão no papel

Empresa não dá explicações, mas a câmara assume a responsabilidade do atraso. Dos quatro jardins que tinham abertura prevista para o Verão passado, só um está quase feito. Os outros ainda estão só no projecto

Lisboa podia ter mais quatro jardins abertos ao público, dois desde Julho de 2012 e outros dois desde Setembro desse ano. Para isso, o município não teria gasto um cêntimo, bastar-lhe-ia ter cumprido a sua parte no protocolo que celebrou com a EDP em Julho de 2011. Mas não, a câmara reconhece que não cumpriu. E dos espaços verdes projectados para Marvila, Alto da Ajuda, Alto de São João e Palhavã, só este último, na Quinta do Zé Pinto, ultrapassou a fase de projecto e está perto da conclusão.

A obrigação de a EDP criar estes quatro jardins, com um custo total de 1,7 milhões de euros, resulta da negociação efectuada entre a empresa e o município com vista à construção de outras tantas subestações eléctricas. De acordo com o protocolo celebrado, a autarquia vendia-lhe os terrenos para as subestações (no total de 8478m2), por dois milhões de euros, e a empresa encarregava-se, "num quadro de responsabilidade social", de "executar os trabalhos de enquadramento urbanístico e integração paisagística das áreas envolventes e/ou de influência" das suas futuras instalações.

Os calendários fixados no documento - aprovado em sessão de câmara com os votos contra do PCP e as abstenções do PSD e do CDS - apontavam para o termo das obras dos jardins no final de Julho do ano passado na Quinta do Zé Pinto (à entrada da Rua de Campolide) e no Alto de São João (na zona das Olaias). No caso de Marvila (Quinta das Flores) e do Alto da Ajuda (entre a Rua do Cruzeiro e o campus universitário), o prazo indicado era o fim de Setembro do mesmo ano.

Estes prazos dependiam, contudo, da realização das escrituras de compra e venda dos terrenos para as subestações e da entrega à EDP, pelos serviços camarários, dos projectos de execução dos quatro espaços verdes. As primeiras teriam de ser outorgadas até meados de Agosto de 2011 e os segundos até ao fim de Setembro desse ano. Em caso de atraso do município, os prazos da EDP sofreriam "igual dilatação".

Passados cerca de seis meses sobre a data em que os quatro jardins deviam estar prontos, três deles ainda não tiveram qualquer obra e o da Quinta do Zé Pinto está na fase de acabamentos. Isto apesar de o presidente da câmara, António Costa, e o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, terem solenemente inaugurado no dia 14 de Dezembro o Corredor Verde de Monsanto, do qual aquele espaço faz parte. Nesse mesmo dia, Sá Fernandes garantiu ao PÚBLICO que a obra da Quinta do Zé Pinto já estava pronta.

Confrontada com estes atrasos, a EDP disse apenas que os trabalhos "decorrem como previsto" e "em articulação com a câmara". O porta-voz de Sá Fernandes, por seu lado, respondeu que as obras da Quinta do Zé Pinto "estão em fase de conclusão" e que "em breve" serão iniciadas as de Marvila. Quanto às outras duas, os projectos, que deviam estar prontos há ano e meio, estão também "em fase de conclusão".

Para além da demora na elaboração dos projectos pelo município, os atrasos, acrescentou a mesma fonte, devem-se ao facto de as escrituras dos terrenos destinados às subestações também não terem sido feitas em Agosto de 2011.

Este atraso, porém, está longe de justificar o dos jardins, uma vez que, soube o PÚBLICO, ele foi de apenas quatro meses. As escrituras foram feitas em 22 de Dezembro de 2011. Tudo indica, portanto, que, se a câmara tivesse entregue os projectos no prazo previsto, os jardins já estariam todos abertos. (Público)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fundeadouro romano encontrado em escavações em Lisboa

Escavações arqueológicas na praça D. Luís, em Lisboa, revelaram um fundeadouro romano, com mais de 2000 anos, um achado raro e extraordinário, que reflecte, de forma muito rica, a história da cidade, salientou à Lusa o arqueólogo Alexandre Sarrazola.


O fundeadouro, como é designado no meio arqueológico, é um espaço à beira da costa, onde os navios ancoravam temporariamente para descargas, trânsito de passageiros e para concretizarem várias operações, como reparações. Este fundeadouro é datado pelo arqueólogo, entre o século I antes de Cristo e o século V.

"Esta zona, agora a 100 metros de distância da actual rua da Boavista, então zona de praia, constituía uma pequena baía onde os navios romanos fundeavam" e, no trânsito de cargas e passageiros, deixaram cair matérias ou até se libertaram delas.

Estes materiais que o lodo ajudou a preservar, permitem hoje determinar "uma dinâmica comercial, que dá já conta de Lisboa como uma placa giratória na economia do Império Romano, e já nos dá uma dimensão atlântica".

O arqueólogo lidera uma equipa que há dois anos escava esta área, na zona do Cais do Sodré, e que será um futuro parque de estacionamento.

Esta campanha de escavações trouxe à luz do dia outras realidades posteriores ao Império Romano, como navios do século XVII e uma grade de maré.

O fundeadouro é "um achado inusitado pela sua raridade", disse Sarrazola, que sublinhou a sua importância "do ponto de vista científico" pelos "contributos para a nossa história".

O arqueólogo referiu-se ao achado como "inestimável e de uma raridade notável".

Dados os materiais encontrados, de diferentes origens, e o contexto arqueológico encontrado, levam Sarrazola a argumentar que "a diversidade cultural, que nos enriquece e caracteriza, esse mosaico de influências, pode ser ancorado em tempos mais antigos, certamente da ocupação romana".

Entre os artefactos romanos há ânforas de várias produções, desde o interior da Hispânia ao Sul da Gália, Norte de África e até da Península Itálica, além das ânforas de fabrico na Lusitânia.

Estas ânforas eram os "contentores da época, nomeadamente, neste caso, para preparados de peixe, nomeadamente sardinha", de que se conhecem fábricas de salga na actual baixa e zona de Belém, explicou o arqueólogo Jorge Parreira, que integra a equipa de escavações.

"As ânforas tinham, em média, a capacidade 45 litros, eram produzidas na Lusitânia, nomeadamente na margem sul do rio Tejo", mas foi também encontrada uma ânfora de finais do século I antes de Cristo, "que transportaria, provavelmente, vinho de Itália", referiu Jorge Parreira, arqueólogo da equipa.

Foram também encontrados artefactos de cerâmicas sigilatas, nomeadamente da baixela de consumo dos próprios navios, ou para consumo das elites locais que "não seriam tão abastadas quanto isso", disse Sarrazola

No espaço escavado, foi encontrada "uma sucessão de estruturas arquitectónicas e portuárias que reflectem, de uma forma muito rica, a História de Lisboa".

O arqueólogo referenciou as diferentes estruturas encontradas, do século XIX para períodos mais recuados: "O famoso aterro da Boavista de 1855-1863, os alicerces da fundição do Arsenal Real, a estrutura portuária da Casa da Moeda, esta do século XVIII, a estrutura portuária do Forte de S. Paulo, do século XVII, e coevos desta época, uma outra pequena estrutura portuária e uma grade de maré ou rampa de estaleiro".

Esta grade de maré serviu de protector destes vestígios romanos, quando do maremoto que se seguiu ao terramoto de 1755, disse o arqueólogo.

Dada a importância dos achados arqueológicos encontrados, Alexandre Sarrazola alertou para a necessidade de "uma articulação entre a política de património e a de ordenamento de território, nomeadamente quando são revistos os Planos Directores Municipais ou quando se fazem planos de pormenor". Nesses casos, adiantou, "é fundamental ter-se em conta, particularmente na zona ribeirinha de Lisboa, a probabilidade da reincidência de achados desta natureza".

Para Sarrazola, "este tipo de intervenções" arqueológicas e os estudos que delas resultam só fazem sentido "se forem amplamente divulgados e se servirem para contar uma história para todos, de um passado que é de todos, e se sedimentarem aquilo que é uma memória colectiva".

"Só faz sentido fazer arqueologia quando essa arqueologia entronca na memória colectiva", rematou.(DN)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Exposição de fotografia mostra Lisboa em 1940

A exposição "Fotógrafos do Mundo Português 1940" tem inauguração marcada para amanhã, sábado, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, e reúne 119 imagens em grande formato da autoria de nove fotógrafos.

"A exposição no Padrão dos Descobrimentos elege a fotografia", afirma fonte deste espaço, que inaugura, desta forma, um "novo ciclo da programação dedicado à divulgação do evento que marcou decisivamente a arte em Portugal".

Em 1940, doze arquitetos, dezanove escultores e quarenta e três pintores, com a orientação do arquiteto Cottinelli Telmo (1897-1948) criaram peças inovadoras para a Exposição do Mundo Português, em Lisboa.

As fotografias selecionadas permitem ao público revisitar a quase totalidade do espaço construído, dando a conhecer as secções e temas que determinaram o conjunto. A seleção das imagens baseou-se nos espólios existentes no Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa e na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.

Um dos atrativos da exposição é um núcleo inédito de imagens da coleção de Casimiro Vinagre (1902-1988), cujas fotografias nunca foram mostradas até hoje.

Segundo fonte do Padrão dos Descobrimentos, este espólio é "um conjunto notável, que, graças à aquisição recente da Fundação Calouste Gulbenkian, é agora dado a conhecer."

A exposição inclui mais de uma centena de imagens, impressas em grandes formatos, da autoria de Mário e Horácio Novais, Eduardo Portugal, Paulo Guedes, Kurt Pinto, António Passaporte, Ferreira da Cunha, Abreu Nunes e Casimiro Vinagre, como principal testemunho do evento, "desde os momentos iniciais da sua construção, ao esplendor da obra acabada", acrescentou a mesma fonte.

Aberta ao público de terça-feira a domingo, a exposição pode ser visitada das 10:00 às 18:00, pelo preço de três euros, até 26 de maio.(DN)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Empreitada de milhões deixa escola a braços com inundações

O Estado gastou 21 milhões de euros numa escola de Lisboa, cuja obra parou a meio e neste momento até já precisa de reparações ao que foi feito. A empreitada não está terminada na Escola Secundária Artística António Arroio. A empresa pública Parque Escolar diz agora que as obras vão recomeçar.

Os alunos da António Arroio poderão não voltar a ter aulas de Educação Física este ano lectivo. Problemas de infiltração de água no ginásio e balneários, provocados por faltar parte de um tubo de ligação, levaram a escola a suspender as aulas e estas não serão retomadas até que a situação seja resolvida. Como tal pressupõe a realização de novas obras para as quais a Parque Escolar terá de lançar outro concurso, o processo poderá não estar concluído antes do final do ano lectivo.

A «nova» escola foi inaugurada em Novembro de 2011, mas só parcelarmente. Por realizar ficaram as obras do bloco onde ficarão alojadas a cantina e a biblioteca. Um facto que em 2012 motivou um protesto dos alunos, agendado para coincidir com uma visita à escola do Presidente da República, que acabou por cancelar a deslocação. Falta ainda lançar nova empreitada para construir o bloco que ficou em falta.

A Parque Escolar garante, em comunicado, que «estão a correr os procedimentos contratuais para lançamento de novo concurso público com vista à finalização da requalificação daquele estabelecimento de ensino».(TVI24)