sábado, 29 de dezembro de 2012

Festividades de Ano Novo adiam recolha de lixo em Lisboa por três dias

A Câmara de Lisboa informou ontem que não vai fazer recolha de lixo entre domingo e terça-feira, retomando este serviço apenas na noite de quarta-feira, devido às festividades de Ano Novo.

Assim, indica a autarquia em comunicado, não haverá recolha na capital durante três noites.

A câmara sugere aos lisboetas que "acondicionem bem os seus resíduos" e que os coloquem para remoção apenas na noite de quarta-feira.

Os mesmos conselhos foram dados durante as festividades de Natal, uma vez que a recolha do lixo na capital também ficou por fazer nos dias 23, 24 e 25 de Dezembro.

O serviço foi retomado na quarta-feira e volta agora a ser interrompido.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Nove edifícios de Lisboa classificados como monumentos de interesse público

Receberam esta classificação a igreja do Antigo Convento de Arroios, que resistiu ao terramoto de 1755 e formava padres jesuítas para irem para a Índia, a casa apalaçada de inspiração parisiense da Avenida da Liberdade, n.º 193, e respetivo jardim e o Palácio da Rosa, incluindo a Igreja de São Lourenço e toda a área de jardim, no bairro da Mouraria.
O edifício do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, na Alameda da Universidade, que guarda mais de dez séculos de história, e o Chafariz d'El-Rei, na freguesia da Sé, que durante anos desempenhou um papel central no fornecimento de água a Lisboa foram outros dos edifícios classificados.
Foram também classificadas como monumentos de interesse público, as escolas secundárias D. Filipa de Lencastre, Pedro Nunes e Camões e os edifícios do Jardim-Escola e Museu João de Deus. (Lusa)

domingo, 11 de novembro de 2012

Lisboa funde 12 freguesias históricas numa só

Do Castelo aos Mártires, são 12 as freguesias históricas de Lisboa que vão reunir-se numa só nas próximas autárquicas, um recorde nacional no processo de fusão de autarquias, que está a causar apreensão aos actuais presidentes.


Poucos saberão que Santa Maria Maior, o nome escolhido para a futura 'mega freguesia' que envolve toda a encosta do Castelo e a Baixa da capital, foi o nome dado à Sé de Lisboa aquando da conquista da cidade aos mouros.


Santa Maria Maior não vingou como nome da Sé e Joaquim Guerra de Sousa (PSD), presidente da Junta dos Mártires, a mais antiga e também a mais pequena de Lisboa (com pouco mais de 300 eleitores), teme que o mesmo aconteça com a futura 'mega freguesia'.

“Os Mártires podem ser uma freguesia pequena, mas temos mais população durante o dia nesta freguesia do que a maior parte dos concelhos do país. E quando reparamos um passeio, reparamos um jardim ou fazemos qualquer intervenção no espaço público não é para a população que reside, mas para toda a população que usa esse espaço público e essa situação, na minha óptica, não foi devidamente estudada nem tida em conta”, aponta o autarca.

Desta forma, duvida que a nova futura junta vá conseguir prestar um serviço público tão eficaz como o que é feito actualmente, até porque as 12 freguesias a agregar têm realidades muito diversas.

“Por outro lado, não vai haver uma diminuição da despesa pública. Os funcionários vão continuar, a despesa tem de ser feita e até se fala num aumento de transferências”, sublinhou.

A Junta da Madalena tem mais de 300 eleitores, divididos entre uma população idosa, com dificuldades, e os novos habitantes da Baixa, de segmento médio alto e alto.

“Continuamos a ter de resolver aqui problemas graves, que se prendem com a alimentação das pessoas e situações graves de pagamentos imediatos de medicamentos, de uma conta de luz ou de uma conta de água”, salientou, considerando que com uma mega freguesia se vai perder a proximidade aos cidadãos.

“Se o projecto for avante, passa a haver um executivo de cinco pessoas e depois haverá um exército de assessores e sub-assessores. Não quer dizer que os problemas não vão ser resolvidos, mas vão, no nosso ponto de vista, demorar muito mais tempo a serem resolvidos”, acrescentou.

Mais otimista, a presidente da Junta do Socorro, Maria João Bernardino Correia (PS), considera que a população vai ganhar, porque, com as novas competências, “passará a ter outro tipo de acompanhamento que, neste momento, as juntas de freguesia, pelos seus fracos orçamentos, não podem dar”.

Esta talvez seja a freguesia mais multicultural do país. Representa cerca de três mil eleitores recenseados, mas a maioria dos habitantes da Mouraria são imigrantes, pelo que, na realidade, serão 10 ou 11 mil as pessoas que recorrem ao Socorro.

A futura Santa Maria Maior deverá ter cerca de 14 mil eleitores oficiais, mas nem isso tira o otimismo a Maria João Correia.

“Acredito que continuará a haver um posto de atendimento de proximidade que permita às pessoas se identificarem com quem está a trabalhar numa junta de freguesia e continuará a haver esse elo de ligação”, salientou.

No entanto, admite que as pessoas mais idosas poderão “ter alguma dificuldade em entender” as mudanças e defende que terá de ser feito um trabalho de esclarecimento.Lusa

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Michel beneficiou durante anos de rendas da Câmara de Lisboa a preços sociais

Durante nove anos, o conhecido chef Michel da Costa, que está desde ontem preso preventivamente por ordem do Tribunal da Relação de Lisboa, foi inquilino de espaçosas instalações que lhe foram cedidas pela Câmara de Lisboa a preços sociais. A prisão preventiva foi determinada na sequência de uma mandado de detenção emitido pelas autoridades francesas, que estão a investigar o cozinheiro por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

A defesa de Michel da Costa opôs-se à extradição do chef para França e tem cinco dias para fundamentar a sua posição, explicou ao PÚBLICO o presidente da Relação de Lisboa, Luís Vaz das Neves. Mesmo assim, a filha do cozinheiro, Nathalie Costa, acredita que o pai poderá ser libertado amanhã, adiantando que estão a ser reunidos elementos para demonstrar que não há perigo de fuga.
Maçon assumido, Michel instalou uma escola de cozinha em várias das lojas que a empresa municipal dos bairros sociais de Lisboa, a Gebalis, tem na freguesia de Marvila. Aos alunos dos cursos anuais eram cobradas mensalidades da ordem dos 650 euros, mas a renda que o chef pagava em 2011 à autarquia era substancialmente inferior: 382 euros por mês.

Câmara sem explicação

O PÚBLICO perguntou à vereadora Helena Roseta, responsável pela Gebalis, e ao presidente da empresa, Natal Marques, com que base tinha a Câmara de Lisboa entregue as lojas a preços reduzidos a uma sociedade anónima com fins lucrativos. Mas ninguém soube responder. Natal Marques diz que o primeiro arrendamento, firmado em 2003 com os seus antecessores, permitia a instalação no local da filial de uma organização internacional de cozinheiros. Era Michel quem presidia à filial.

Mais tarde abriu aqui uma escola de cozinha, que foi ampliando à custa de mais lojas arrendadas à Gebalis. Em 2010, fundou uma cooperativa, pedindo à câmara para transferir os arrendamentos para o nome desta organização, uma vez que a mesma não tinha fins lucrativos. Uma aluna de Michel conta que eram os estudantes que confeccionavam as refeições servidas pela empresa de Michel nos comboios Alfa Pendular Lisboa-Porto."Também chegámos a servir jantares da Maçonaria, que se realizavam na escola", relata a mesma aluna, que pediu o anonimato.

Michel entregou as chaves das instalações de Marvila à Câmara de Lisboa este Verão, deixando por pagar à Gebalis "um a dois mil euros", informa Natal Marques.
Contactada pelo PÚBLICO, Nathalie Costa disse que desconhecia a actividade empresarial do pai, não fazendo, por isso, qualquer comentário. Quanto à detenção, sublinha que nada tem a ver com a actividade do pai em Portugal, nem com uma queixa-crime que alguns alunos da escola de cozinha apresentaram contra o chef, que acusam de os ter burlado. A filha do cozinheiro conta que o pai foi notificado para prestar declarações em França, mas não compareceu. "Ele estava em Marrocos e não em Portugal e, por isso, não foi", afirmou Nathalie Costa. "Não pensou que era uma coisa tão complicada, se não tinha ido", acrescentou.
Nathalie Costa queixa-se que os advogados não conseguem saber nada sobre o processo francês e que o próprio pai foi surpreendido com a detenção. "Ele está completamente desorientado e perdido, porque não sabe do que se trata", afirma a filha. O chef, de 67 anos, foi detido anteontem pela PJ, ao mesmo tempo que um outro indivíduo de nacionalidade francesa, sócio do cozinheiro. (Público)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Conheça Lisboa antes do terramoto de 1 de Novembro de 1755

Um projecto elaborado associado à Universidade de Évora permite passear pelas ruas da capital portuguesa antes do terramoto de 1755.


«Cidade e Espectáculo: uma visão da Lisboa Pré-Terramoto» é um projecto científico a cargo de investigadores do Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora, dos historiadores Paulo Rodrigues, Alexandra Gago da Câmara e Helena Murteira, com o apoio da empresa Beta Technologies, escreve o jornal Expresso na sua edição online.

O projecto, que está em desenvolvimento há dois anos, assenta na tecnologia virtual Second Life para que  Lisboa antes da catástrofe possa «voltar à vida».

Esta quinta-feira, assinala-se o 257.º aniversário do sismo que arrasou a capital portuguesa, em 1755.(Bola)

domingo, 28 de outubro de 2012

Alvalade e Alta de Lisboa são as zonas mais afectadas pela violência nas ruas

Lisboa é a cidade com maior registo criminal no país. Os autores de crimes têm entre 16 e 21 anos. 

A palavra "prevenção" foi a mais repetida no seminário Violência de Rua, ontem organizado pelo Efus-Fórum Europeu para Segurança Urbana, em Lisboa. Segundo dados do Pordata, registaram-se cerca de 203 mil crimes, em 2011, na área de intervenção da PSP, mais de o dobro de há 20 anos (cerca de 82 mil). Apesar do brutal aumento nas últimas duas décadas verificou-se uma diminuição dos registos criminais. Os bairros sociais continuam a ser um dos principais pólos de origem de problemas e conflitos que acabam por gerar crimes.

Dados da PSP mostram que em Portugal a concentração de crimes é tão grande que só os distritos de Lisboa, Porto e Setúbal concentram 50% da criminalidade em todo o país. O distrito menos afectado é Portalegre. "No caso concreto de Lisboa temos pessoas muito frágeis, neste caso os mais velhos", aponta Guilherme Pinto, presidente do Efus. "A zona da Baixa/Chiado, que pensávamos ser perigosa hoje, já não o é. As zonas mais perigosas situam-se na zona de Alvalade", afirma a mesma fonte, também presidente da Câmara de Matosinhos.

A violência de rua acontece maioritariamente através da acção de grupos juvenis, entre os 16 e os 35 anos, com a predominância do sexo masculino (cerca de 86% em 2011). Os crimes podem acontecer contra pessoas, contra o património, contra o Estado ou contra a integridade pessoal e identidade cultural.

Luís Fiães Fernandes, director do departamento de informações da Direcção Nacional da PSP, adianta que a maioria dos crimes praticados por jovens é contra o património, seguido do crime contra as pessoas. Apesar dos indicadores mostrarem que houve um decréscimo de criminalidade não significa que, na realidade, esteja a diminuir. 

Paulo Machado, do departamento de Sociologia na Universidade Nova de Lisboa, explica que "à medida que a população vai envelhecendo o crime diminui, uma vez que aumenta a percepção de medo, tomando medidas de auto-prevenção, diminuindo a potencialidade dos alvos". Por outro lado, o refúgio dentro de casa cria fragilidades e espaços exteriores demasiado vazios, que, paradoxalmente, geram oportunidades para cometer crimes. "Se não progredirmos não é por falta de dinheiro, mas por falta de inteligência", considera o investigador.

Polícias de proximidade

Para neutralizar estas oportunidades da prática de crimes em zonas pouco habitadas , a Polícia Municipal de Lisboa apostou no policiamento comunitário, através de veículos eléctricos, que dão maior visibilidade aos agentes e facilitam a comunicação com os residentes. O programa foi lançado em 2007, na zona da Baixa, e estendido a Alvalade no ano seguinte. A próxima aposta é a zona da Alta de Lisboa. Também será feita uma nova divisão administrativa das áreas policiais em parceria com a Câmara de Lisboa.

Para o comandante da Policia Municipal do Porto, Leitão Silva, o problema remonta à deslocalização dos bairros sociais para a periferia "colocando a arquitectura e segurança ao arrepio uma da outra". Nuno Rodrigues, coordenador de um centro de reinserção social, defende que "quando um jovem age em grupo é mais difícil atribuir responsabilidades" e distingue características comuns dos autores dos crimes: provenientes de famílias disfuncionais, com sistema de crenças e valores subvertidos e inseridos em grupos problemáticos. 

Por isso, o coordenador do centro educativo Navarro de Paiva, destaca que as soluções de prevenção e de acção com o internamento de jovens por delinquência juvenil devem ser feitas tendo em vista a criação de uma oportunidade no futuro centrada no seu contexto social e familiar pessoal. (Público)

domingo, 14 de outubro de 2012

Foi há 91 anos o desastre de Campo de Ourique

Lisboa, Campo de Ourique - 1921
UMA GRANDE PROVA DE ESFORÇO E SOLIDARIEDADE
Fotos: Ilustração Portugueza




A Ilustração Portugueza chamou-lhe "O desastre de Campo de Ourique". Um prédio em
construção, naquele bairro lisboeta, desabou parcialmente, ficando soterrados debaixo dos escombros vários operários que trabalhavam na obra.
A tragédia deu-se no dia 14 de Outubro de 1921, na Rua Correia Teles. Eram 10,45 horas, quando ecoou um "ruído formidável".



Aparentemente sólida, a edificação em causa transformou-se, como é visível, na sua esmagadora maioria, num "colossal monte de entulho". Do interior deste, ouviam-se gritos de socorro. Pouco tempo depois chegavam ao local, para prestarem auxílio, meios dos Bombeiros Municipais de Lisboa, actual Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, que vieram a ser apoiados pelos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique - Cruz Branca (desde 3 de Julho de 1921 aquartelados na própria Rua Correia Teles) e dos extintos Bombeiros Voluntários de Campolide (ambos os corpos de bombeiros integravam a Divisão Auxiliar dos Bombeiros Voluntários de Lisboa).

As imagens que reproduzimos, então publicadas na Ilustração Portugueza, dão uma ideia precisa da dimensão do sinistro, o qual exigiu ainda a intervenção do Batalhão de Sapadores de Caminhos de Ferro e da Cruz Vermelha Portuguesa, para além da Guarda Nacional Republica e, supomos, da então Polícia Civil de Lisboa, antecessora da Polícia de Segurança Pública.



O Diário de Lisboa do próprio dia do desabamento salienta que todos revelaram "o maior espírito de sacrifício", num contexto absolutamente crítico, credor da máxima resistência física e emocional.



Acção penosa para os bombeiros municipais e voluntários de Lisboa
Apenas cerca do meio-dia principiaram os trabalhos de salvamento, sob o risco de outros desabamentos, colocando-se desde logo várias dificuldades, nomeadamente na detecção das vítimas.

Uma hora mais tarde, após a dura remoção de escombros - com recurso, apenas, a pás, enxadas e picaretas - foram retirados os primeiros operários, infelizmente, já cadáveres.

O balanço inicial saldou a existência de três mortos e outros tantos feridos, que antes de transportados para o Hospital de S. José receberam tratamento no Posto de Socorros da Cruz Branca (localizado na Rua Ferreira Borges). Porém, nos dias seguintes, a contagem aumentou para cinco vítimas mortais, confirmando-se as suspeitas de que mais operários haviam perecido entre o turbilhão de destroços.

Segundo informação veiculada pelo Diário de Lisboa, por determinação do comandante dos bombeiros, foi ordenada a demolição do que restou do edifício, para evitar a repetição de quaisquer acidentes.

Refere ainda aquele periódico que o desabamento resultou de deficiências de construção, motivadas pela fraca qualidade dos materiais utilizados, tendo sido tomadas diligências pelas autoridades policiais com vista ao apuramento de responsabilidades junto de dois mestres de obra, proprietários do prédio.

O caso, polémico, gerou protestos de indignação em ruas de Lisboa, culpando os construtores, ao tempo apelidados de "gaioleiros", por esta e outras derrocadas ocorridas nas áreas de Campo de Ourique e de S. Bento.

sábado, 22 de setembro de 2012

Desemprego em Lisboa e nacional em Agosto de 2012

O desemprego oficial e registado nas estatísticas oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional em Portugal, não pára de subir e a atingir os valores mais elevados de sempre. É um facto que o sistema deste estado faliu na vertente social e económica.

No final do mês de Agosto o quadro dos pedidos de emprego era o seguinte:

Pedidos de emprego: 809 157
Desemprego registado: 673 421
Empregados: 55 880
Ocupados: 61 088
Indisponíveis temporariamente: 18 768

Em Agosto de 2012 haviam a nível nacional 673 421 desempregados nos registos oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou seja, houve um grande aumento (+26,3%) em relação ao mês homólogo (Agosto de 2011) em que haviam 533 372 desempregados; o desemprego de Agosto de 2012 subiu em relação a Julho de 2012 altura em que haviam 655 342 desempregados.

Em Lisboa e Vale do Tejo o desemprego no final do mês de Agosto subiu (+26,0%) em linha com a subida da média nacional (+26,3%) em relação ao mês homólogo; em relação ao mês de Julho subiu (+2,0%) ligeiramente abaixo da subida da média a nível nacional (+2,8%).

O quadro seguinte mostra os valores do desemprego em Lisboa e Vale do Tejo e a nível nacional.


Quadro: IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional

Definições:

Desempregados/Desemprego registado: não têm um emprego, estão imediatamente disponíveis para trabalhar e têm capacidade para o trabalho, dos quais:
Primeiro emprego - nunca trabalharam
Novo emprego - já trabalharam

Empregados: têm um emprego e pretendem mudar

Ocupados: integrados em programas de emprego ou formação profissional, com exceção dos programas que visem a integração direta no mercado de trabalho.

Indisponíveis temporariamente: desempregados ou empregados que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de doença.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Junta de Benfica entrega ajustes directos a colegas e amigos do PS

A autarquia socialista entregou três obras, por ajuste directo, a duas empresas com ligações a colaboradores seus e ao PS. Parte dos trabalhos acabou por ser feita por desempregados ao serviço da própria junta.

A Junta de Freguesia de Benfica adjudicou no mês de Julho duas empreitadas no total de 134.576 euros, por ajuste directo, a uma empresa com ligações ao Partido Socialista. Num dos casos, parte dos trabalhos acabou por ser feita por pessoal da autarquia. Já neste mandato, a junta contratou também, por 26.400 euros, um membro do secretariado do PS de Lisboa, que dirige as suas obras e trabalha há pelo menos uma década com um dos donos da empresa agora contratada. Um outro ajuste directo contemplou um ex-vereador socialista da Câmara de Lisboa com mais 64.800 euros.

Na manhã desta quinta-feira, a presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Inês Drummond, participou na abertura do ano lectivo na escola primária do Bairro da Boavista, situado entre a CRIL e Monsanto, perto do Parque de Campismo. A cerimónia diz respeito à inauguração das obras ali efectuadas pela junta durante o mês de Agosto - com verbas disponibilizadas pela Câmara de Lisboa - através de uma empresa a quem os trabalhos foram adjudicados por 87.828 euros.

Logo à entrada, a autarca deparou-se com um portão de ferro de grandes dimensões a rodar nos gonzos e que antes das férias mal se conseguia fechar. A sua reparação, que incluía uma intervenção em cinco metros quadrados de betão, constava do caderno de encargos da empreitada adjudicada à Reformact no fim de Julho. O trabalho feito, porém, não inclui qualquer mexida no betão e não passou pela empresa em causa: saiu inteirinho das mãos de um serralheiro desempregado que o centro de emprego pôs a trabalhar na Junta de Freguesia de Benfica e que na semana passada executou os serviços envergando uma T-shirt preta da autarquia.

Quem fez o quê?

A Reformact já tinha saído da obra há vários dias e no local há quem garanta que a mesma pouco mais fez do que pintar o edifício e tapar alguns buracos nas paredes. O caderno de encargos, todavia, obrigava-a a picar as paredes numa área de 400 m2 e a refazer integralmente a argamassa e o reboco nesses locais.

As dúvidas sobre o que a empresa fez de facto com os 88 mil euros que recebeu, que o PÚBLICO tentou esclarecer e que vão muito para lá do portão e dos rebocos, não puderam ser esclarecidas. Inês Drummond, que aceitou visitar o local com o jornalista, nada sabia sobre os aspectos técnicos da obra e não respondeu aos pedidos feitos para consultar os relatórios diários que a empresa e o arquitecto nomeado pela autarquia para fiscalizar os trabalhos estavam obrigados a apresentar. As múltiplas tentativas efectuadas para falar com os arquitectos Miguel Gama, o técnico designado pela junta para fiscalizar a obra, e Nuno Cortiços, sócio com 50% do capital da Reformact, empresa constituída há dez meses, também não tiveram qualquer resposta.

Mas as perplexidades suscitadas pelas relações entre a autarquia e a Refromact ultrapassam o cumprimento ou não do caderno de encargos. A empresa foi contratada por ajuste directo ao abrigo da norma que dispensa os concursos em casos de "urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevistos". Ora a escola estava num estado lastimável há anos e os contactos entre o consultor da junta para as obras, Miguel Gama, e a empresa de Nuno Cortiços tinham-se iniciado mais de um mês antes de o executivo da freguesia decidir, em 19 de Julho, convidá-la a apresentar uma proposta sem consultar qualquer outro empreiteiro.

O convite, enviado no dia 20, referia um valor-base exactamente igual ao que a Reformact apresentara três semanas antes num orçamento remetido a Miguel Gama e que já estivera na base da aprovação pela Câmara de Lisboa, no dia anterior (19 de Julho), de uma transferência de igual montante para a junta pagar a obra. A proposta da empresa, com o valor que já estava no orçamento, mas agora com os preços parcelares correspondentes aos itens do caderno de encargos, foi mandada nesse mesmo dia 20, sendo a adjudicação aprovada pelo executivo a 26 e o contrato assinado no mesmo dia.De acordo com Inês Drummond, foi apenas consultada a Reformact "porque ela se dirigiu à junta e apresentou os seus serviços" e a lei permite consultar apenas uma empresa. Contrariamente ao que é habitual, porém, o júri de três pessoas que fora nomeado para acompanhar o processo não teve qualquer intervenção na apreciação da proposta, nem apresentou qualquer relatório.

Obras na piscina

No próprio dia em que foi designado para dirigir o procedimento relativo à escola e em que foi decidido pedir uma proposta à Reformact, o mesmo júri apresentou, aliás, um relatório respeitante a um outro ajuste directo em que esta empresa também foi consultada. Tratava-se de uma obra de construção civil para requalificação do hall da piscina da junta, tendo a autarquia optado, no final de Junho, por consultar três firmas, com base num estudo efectuado por Miguel Gama, através da empresa Adtempus, de que é proprietário.

Uma das consultadas foi a Reformact, com quem Miguel Gama já estava a tratar da obra do Bairro da Boavista. Outra foi a Hidro-Europa, uma empresa especializada em instalações térmicas à qual a junta adjudicara em 2011 a renovação da ventilação da piscina por 95.500 euros, e a terceira foi um empresário em nome individual. Este último não respondeu e a empreitada foi adjudicada à Reformact, conforme proposto pelo júri, pelo valor de 46.924 euros - inferior em 166 euros à proposta da Hidro-Europa.

As duas empresas não têm qualquer sócio em comum, mas na Hidro-Europa responderam ao telefone que Nuno Cortiços, da Reformact, "não está neste momento", acrescentando que ele pode ser contactado no Atelier das Picoas, uma empresa de que é sócio e cujo Número de Identificação Fiscal consta estranhamente dos contratos celebrados com a Junta de Benfica como se fosse o da Reformact.

Ligações entre arquitectos

Questionada pelo PÚBLICO acerca da forma como a Reformact surgiu na autarquia, Inês Drummond respondeu que a empresa ofereceu os seus serviços "como dezenas de outras" e garantiu que apenas conheceu Nuno Cortiços "a meio de Agosto, durante as obras da escola". De igual modo, negou saber de quaisquer relações entre o arquitecto consultor da junta e o sócio da Reformact, ou entre este e o PS.

Sucede que Cortiços fez parte de um blogue de apoio à candidatura de António Costa à Câmara de Lisboa, juntamente com a própria autarca de Benfica, Miguel Gama e três dezenas de militantes socialistas. Além disso, Miguel Gama, que tem assento com Inês Drummond no secretariado do PS de Lisboa, tem ligações profissionais há mais de uma década a Nuno Cortiços.

Ambos são professores da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e trabalharam com António José Morais, um outro professor da mesma faculdade, que está a ser julgado desde esta terça-feira por corrupção no processo da Cova da Beira. Morais, que foi professor de José Sócrates na Universidade Independente, dirigiu o Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna entre 1996 e 2002, departamento onde também trabalhava o actual deputado e presidente do PS de Lisboa, Rui Paulo Figueiredo, e ao qual Gama e Cortiços estiveram ligados.

Miguel Gama, que também trabalhou com Morais no Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça, foi sócio do professor numa empresa de construção civil (Lisparra) e é actualmente coordenador do PS de Carnide, do qual Morais também foi dirigente.A contratação da Adtempus, de que Gama é sócio com a mulher, foi feita pela Junta de Benfica em Fevereiro do ano passado, ao abrigo da mesma norma que permite o recurso ao ajuste directo em caso de "urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis". O contrato contempla a prestação de apoio técnico às obras lançadas pela autarquia e tinha um valor inicial de 18.000 euros para três anos de serviço - valor que foi aumentado para 26.400 euros já este ano.

Alheio a estas relações, mas também beneficiário de um contrato com a Junta de Benfica, é o advogado Nuno Baltazar Mendes, que foi vereador do PS quando João Soares era presidente da Câmara de Lisboa. A sociedade de advogados que lidera foi contratada em Julho de 2010, igualmente por ajuste directo, para prestar serviços jurídicos à autarquia, durante três anos, por 64.800 euros.

"Orgulho-me da transparência"

"Se há alguma coisa de que me orgulho, é de ter trazido mais transparência a todos os processos de contratação da junta", afirma Inês Drummond. A autarca diz que tem tentado "optimizar os procedimentos", conseguindo "baixar os preços". Quanto à escolha das empresas, afirmou: "Consultamos empresas com quem já trabalhámos e das quais temos referências positivas." E por que é que para a Boavista contactaram apenas uma? "Consultámos a que se nos apresentou."

Empresa ligada a Conde Rodrigues

AJunta de Benfica adjudicou, também em Julho, uma obra de 23.485 euros a uma empresa de que é consultor o ex-secretário de Estado da Justiça Conde Rodrigues (PS) - com o qual Miguel Gama trabalhou no Ministério da Justiça. A empreitada prende-se com a substituição de quadros eléctricos e foi adjudicada à Electrotejo por menos 515 euros do que o preço proposto por outra empresa - mas por um valor bastante superior ao informalmente proposto por outros fornecedores.

Na sequência de várias consultas, a junta solicitou um orçamento à Electrotejo, uma firma de Almeirim, que avançou um valor da ordem dos 40.000 euros. Mais tarde, porém, formalizou uma proposta substancialmente mais baixa (23.485 euros), a qual acabou por ser escolhida.

Inês Drummond começou por garantir ao PÚBLICO que não teve qualquer contacto com Conde Rodrigues, lembrando-se depois de que tinha tido uma reunião com ele, "há cerca de um mês", em que o ex-secretário de Estado lhe apresentou uma proposta - "que não foi aceite" - de serviços de auditoria da empresa Deloitte, de que também é consultor.

Quanto à Electrotejo, assegurou ignorar que ele tivesse relações com esta empresa. Uma administradora da firma admitiu, todavia, uma ligação a Conde Rodrigues, que o próprio confirmou depois. "Presto consultoria à Electrotejo, mas na área das relações com a banca." Quanto aos quadros eléctricos, garantiu que nem sabia que a empresa tinha apresentado uma proposta à junta. "O que não quer dizer que alguém não tenha invocado o meu nome sem o meu conhecimento", frisou o ex-candidato a juiz do Tribunal Constitucional.(Público)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Desemprego em Lisboa e nacional em Julho de 2012

O desemprego oficial e registado nas estatísticas oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional em Portugal, continua a não parar de subir e a atingir os valores mais elevados de sempre. É um facto que o sistema deste estado faliu na vertente social e económica.

No final do mês de Julho o quadro dos pedidos de emprego era o seguinte:

Pedidos de emprego: 801 674
Desemprego registado: 655 342
Empregados: 56 917
Ocupados: 70 983
Indisponíveis temporariamente: 18 432

Em Julho de 2012 haviam a nível nacional 655 342 desempregados nos registos oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou seja, houve um grande aumento (+25,0%) em relação ao mês homólogo (Julho de 2011) em que haviam 524 118 desempregados; o desemprego de Julho de 2012 subiu em relação a Junho de 2012 altura em que haviam 645 955 desempregados.

Em Lisboa e Vale do Tejo o desemprego no final do mês de Julho subiu (+25,4%) em linha com a subida da média nacional (+25,0%) em relação ao mês homólogo; em relação ao mês de Junho subiu (+1,3%) igualmente em linha com a subida da média a nível nacional (+1,5%).

O quadro seguinte mostra os valores do desemprego em Lisboa e Vale do Tejo e a nível nacional.


Quadro: IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional

Definições:

Desempregados/Desemprego registado: não têm um emprego, estão imediatamente disponíveis para trabalhar e têm capacidade para o trabalho, dos quais:
Primeiro emprego - nunca trabalharam
Novo emprego - já trabalharam

Empregados: têm um emprego e pretendem mudar

Ocupados: integrados em programas de emprego ou formação profissional, com exceção dos programas que visem a integração direta no mercado de trabalho.

Indisponíveis temporariamente: desempregados ou empregados que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de doença.

sábado, 28 de julho de 2012

As piadas de gigantesco mau gosto deste regime



Esta é uma das piadas de gigantesco mau gosto, deste regime de figurinhas tristes e infelizes, que arrastam para os outros a falta de alegria com que vivem as suas vidas ridiculas.

Assombroso é o facto de que para ouvir esta tristeza é preciso pagar 30 euros...!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Desemprego em Lisboa e nacional em Junho de 2012

O desemprego oficial e registado nas estatísticas oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional em Portugal continua na sua tendência crescente, ou seja, há cada vez mais desemprego, motivado por um aumento de falências e encerramento de empresas, e, por consequência, há mais crises sociais e financeiras nas famílias portuguesas.

No final do mês de Junho o quadro dos pedidos de emprego era o seguinte:

Pedidos de emprego: 790 199

Desemprego registado: 645 955
Empregados: 50 779
Ocupados: 75 121
Indisponíveis temporariamente: 18 344

Em Junho de 2012 haviam a nível nacional 645 955 desempregados nos registos oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou seja, houve um grande aumento (+24,5%) em relação ao mês homólogo (Junho de 2011) em que haviam 518 705 desempregados; o desemprego de Junho de 2012 subiu em relação a Maio de 2012 altura em que haviam 641 222 desempregados.

Em Lisboa e Vale do Tejo o desemprego no final do mês de Junho subiu (+24,3%) em linha com a subida da média nacional (+24,5%) em relação ao mês homólogo; em relação ao mês de Maio subiu (+0,5%) igualmente em linha com a subida da média a nível nacional (+0,7%).

O quadro seguinte mostra os valores do desemprego em Lisboa e Vale do Tejo e a nível nacional.


Quadro: IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional


Definições:

Desempregados/Desemprego registado: não têm um emprego, estão imediatamente disponíveis para trabalhar e têm capacidade para o trabalho, dos quais:
Primeiro emprego - nunca trabalharam
Novo emprego - já trabalharam

Empregados: têm um emprego e pretendem mudar

Ocupados: integrados em programas de emprego ou formação profissional, com exceção dos programas que visem a integração direta no mercado de trabalho.

Indisponíveis temporariamente: desempregados ou empregados que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de doença.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A população da freguesia de Campolide escolhe construir jardim em Campolide num referendo local

A população da freguesia de Campolide, em Lisboa, decidiu construir um jardim num terreno baldio em vez de ali instalar um parque de estacionamento. A decisão foi tomada através de um referendo local, organizado pela junta.

Depois de a Câmara de Lisboa ter desistido de lançar um concurso público internacional para a construção de vários parques de estacionamento na cidade, por falta de verbas, a junta quis avançar com a recuperação de um terreno baldio na Avenida Miguel Torga.

Quanto ao destino a dar ao espaço - fazer dele um estacionamento ou um jardim -, o autarca de Campolide, André Couto, aceitou a sugestão de um morador da zona e fez um referendo local. “Se o terreno é para usufruto das pessoas, faz todo o sentido que sejam elas a decidir o que fazer com ele. Eu fui falando com as pessoas da zona, mas reparei que estava tudo muito dividido quanto ao que fazer”.

O passo seguinte foi distribuir convocatórias nas caixas de correio das ruas mais próximas do terreno e instalar pontos de votos na Avenida Miguel Torga: “Na segunda-feira estivemos numa ponta da avenida, na terça noutra. Estávamos identificados com as bandeiras e brasão da freguesia”, descreveu André Couto.

O autarca esperava uma participação a rondar os 10%, mas a iniciativa “superou as expectativas”, motivando cerca de 33% dos eleitores a votar neste referendo. A vontade dos moradores foi expressiva: cerca de 67% escolheu a criação de um espaço verde no terreno baldio.
“É uma reacção de que eu não estava à espera. As pessoas já não estão habituadas a serem consultadas em decisões maiores, quanto mais em pequenas, neste tipo de microdecisão. Mas o feedback foi muito positivo”, disse André Couto.

Para o autarca, a experiência foi positiva também porque possibilitou a “proximidade entre os eleitos e os eleitores”, uma vez que os fregueses aproveitaram a presença do autarca nas mesas de voto para “fazerem as suas reclamações”.

“Vamos continuar com este tipo de experiências”, assegurou.

A junta vai ter o apoio da câmara na elaboração do projecto do jardim - e, por isso, o presidente da junta vai reunir-se com o vereador dos Espaços Verdes na sexta-feira -, mas ficará responsável pela sua recuperação e gestão. (Correio da Manhã)

sábado, 30 de junho de 2012

Operação “Polvo” da PSP na Linha de Sintra deteve 7 pessoas


A PSP, durante a madrugada da última sexta-feira, realizou uma operação conjunta denominada “Polvo” com os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nas estações da CP da Linha de Sintra.

Nesta operação, em que estiveram envolvidos 20 elementos da PSP e 4 viaturas, foram abordados inúmeros cidadãos nas estações ferroviárias do Cacém, Queluz-Belas, Amadora e Damaia, tendo sido detidas 7 pessoas por situação irregular em território nacional, 25 foram notificadas para abandono voluntário do país no prazo de 20 dias e 492 identificadas.

145.º Aniversário da PSP (1867 – 2012)

A Polícia de Segurança Pública (PSP) comemora no próximo dia 02 de Julho (2.ª feira), 145 anos de existência. Pela primeira vez na história desta instituição, a Cerimónia que assinalará esta efeméride será realizada nos claustros da Direção Nacional da PSP, sendo presidida pelo Primeiro-Ministro.

A Cerimónia iniciará às 18h, com os discursos do Ministro da Administração Interna e do Director Nacional da PSP, Superintendente Paulo Valente Gomes. Posteriormente seguir-se-á a entregas das medalhas e condecorações aos polícias que se destacaram por actos extraordinários e, após o minuto de silêncio em honra dos polícias mortos em serviço, encerrar-se-á este acto comemorativo.

A PSP disponibilizará aos convidados a possibilidade de visionarem nos claustros da Direção Nacional, imagens e fotografias dos “20 anos ao serviço da Paz Mundial”, uma alusão ao Programa ESTOU AQUI! e apresentar-se-á pela 1.ª vez a 1.ª viatura 100% eléctrica ao serviço da PSP (Nissan Leaf) que, para além de ser inédita em termos Mundiais, apresenta a nova caracterização dos carros patrulha da PSP. A PSP será pioneira no Mundo a utilizar uma viatura policial caracterizada com 0 emissões de CO2.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pobreza em Lisboa e Segurança Social

Av. Ribeira das Naus entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço, na Sexta-feira, 29 de Junho de 2012

Há muitos pobres na cidade de Lisboa a viver na rua onde podem e como podem. É um facto que todos podem verificar, caso procurem e andem pela cidade.

A foto, em cima, na Av. Ribeira das Naus é apenas um, entre muitos outros locais onde se podem encontrar pobres sem abrigo.


De referir que a despesa efectiva da Segurança Social na última execução orçamental do final de Maio de 2012, registou um grau de execução superior ao período homólogo, influenciado pela
execução de diversas prestações sociais com destaque para o Subsídio desemprego e apoio ao emprego (1.071,3 milhões de euros, 23% de variação homóloga) e Rendimento Social de Inserção (180,2 milhões de euros, 3,1% de variação homóloga).

A crise financeira e económica deste regime gera mais desemprego e mais pobres, e por isso, também já era expectável a evolução do aumento do total das despesas da Segurança Social e a evolução do aumento na maioria das suas prestações e subsídios.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Haja dinheiro e recursos EGEAC!

Lisboa, 25 de Junho de 2012

É sempre bom saber no dia 25 de Junho que se perdeu o evento da Ludopolis, a "cidade dos jogos e da diversão" no dia 14, 15, 16 e 17 de Junho.

Haja dinheiro e recursos de muitos parceitos para investir em plataformas de promoção de eventos pontuais que rapidamente terminam...!

Alfredo da Silva


O próximo dia 30 de Junho marcará o 141º aniversário natalício do lisboeta Alfredo da Silva.

Alfredo da Silva, Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial (Lisboa, 30 de Junho de 1871 — Sintra, 22 de Agosto 1942) foi um industrial português um dos maiores empreendores que iniciou a sua actividade profissional numa época em que contrastava com o ritmo de Portugal e atingiu o auge no período do Estado Novo. Foi inclusivamente o fundador de um império abrangendo empresas emblemáticas, como a Companhia Aliança Fabril -(CUF), a Tabaqueira, o Estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos (depois Lisnave), a Carris, o Banco Totta e Companhia de Seguros Império.

Biografia
Alfredo da Silva nasceu filho do comerciante Caetano Isidoro da Silva e de sua mulher Emília Augusta Laymée Ferreira. Foi estudar para França até que a morte do pai, em 1885, o obrigou a regressar a Portugal.

Depois matriculou-se no Curso Superior de Comércio. Em 1890, com apenas 19 anos, Alfredo tornou-se gestor da herança da família. Três anos mais tarde, já era administrador da Companhia Aliança Fabril (CAF) e do Banco Lusitano. Aos 26 anos, concebeu um projecto audacioso: a fusão da sua empresa, a CAF, com a CUF. Era uma questão de sobrevivência: ambas as companhias viviam com severas dificuldades. A 22 de Abril de 1898 foi formalizada a constituição da nova CUF, que doravante produzia sabões, velas e óleos vegetais e viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.

Em 1907 a Companhia União Fabril estava em plena expansão e era necessário encontrar um local para instalar novas unidades fabris. Alfredo da Silva escolheu o Barreiro. A pequena vila à beira do Tejo nunca mais viria a ser a mesma. De resto a empresa veio a espalhar várias fábricas pelos país, empregando 16 mil empregados ao todo. O lema da CUF era "O que o País não tem, a CUF cria".

Alfredo da Silva foi vitima de dois atentados fracassados o que o conduziu a exilar-se para Espanha e França gerindo a CUF à distância.

Alfredo da Silva foi eleito deputado em 1906 antes de apoiar Sidónio Pais e de conquistar um lugar na Câmara Corporativa logo em 1935. Com o auxílio da grande burgesia, opõe-se frontalmente à lei das 8 horas de trabalho. Apoiou o Estado Novo e manteve uma relação de cordialidade com Oliveira Salazar com evidentes vantagens para ambos, políticas para o ditador e empresariais para Alfredo da Silva. No ano de 1936 é adjudicada a concessão do "Estaleiro da Rocha Conde de Óbidos" pertença da A.G.P.L. à CUF: foi a revolução da construção naval em Portugal e o embrião da Lisnave.

Alfredo da Silva, graças ao seu poderio económico e ao sentido do negócio podia, por vezes, interessar-se por empreendimentos diferentes da sua mais habitual actividade industrial. Exemplo disso é a aquisição do Cine-Teatro Éden, que nem sequer tinha a intenção de explorar como tal, mais tarde irá vendê-lo com grande lucro.

Mas nem em tudo o empresário foi bem sucedido. Assim, existiram dois projectos que Alfredo da Silva nunca conseguiu realizar: o primeiro remonta ao ano de 1926, quando ele tentou avançar com a constituição da Companhia Portuguesa de Rádio Marconi, perdendo-a para terceiros (dois anos antes de Salazar se tornar Ministro das Finanças e 4 anos antes deste se tornar Presidente do Conselho). O outro caso é passado nos anos 1930 quando ele tenta em concurso que seja arrendada à CUF a concessão da Linha de Caminho de Ferro Sul-Sueste, pertença dos Caminhos de Ferro do Estado, não tendo também êxito.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Desemprego em Lisboa e nacional em Maio de 2012

O desemprego oficial e registado nas estatísticas oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional em Portugal continua na sua tendência crescente, ou seja, há cada vez mais desemprego, motivado por um aumento de falências e encerramento de empresas ,e, por consequência, há mais crises sociais e financeiras nas famílias portuguesas.

Em Maio de 2012 haviam a nível nacional 641 222 desempregados nos registos oficiais do IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou seja, houve um grande aumento em relação ao mês homólogo (Maio de 2011) em que haviam 530 616 desempregados; porém, o desemprego de Maio de 2012 baixou em relação a Abril de 2012 altura em que haviam 655 898 desempregados.

Em Lisboa e Vale do Tejo o desemprego no final do mês de Maio subiu (+21,3%) mais do que a média nacional (+20,8%) em relação ao mês homólogo; porém, em relação ao mês de Abril baixou um pouco mais (-2,6%) do que a ligeira redução a nível nacional (-2,2%).

O quadro seguinte mostra os valores do desemprego em Lisboa e Vale do Tejo e a nível nacional.

Quadro: IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional


Algumas informações relevantes do desemprego na zona de Lisboa.

Lisboa é a zona NUTS II que tem menor diferença entre a taxa de desemprego de homens e mulheres que tradicionalmente é maior entre as mulheres (11,3% de mulheres desempregadas em Lisboa no ano de 2010 para um total de Lisboa de 11,3% e 9,9% de mulheres desempregadas em Lisboa no ano de 2009 para um total de Lisboa de 9,8%).

Lisboa é a zona NUTS II que tem mais a mais elevada taxa de desemprego de quadros superiores e especialistas no total de empregados (23,8% em Lisboa no ano de 2010 para a média nacional de 15,9% e 22,1% em Lisboa no ano de 2009 para a média nacional de 16%).

Lisboa é a zona NUTS II que tem o valor médio de subsídios de desemprego mais elevado a nível nacional (3 983 euros de Lisboa no ano de 2010 para um total nacional de 3 497 euros).

Lisboa é a zona NUTS II que mais está em linha com o número médio de dias de subsídios de desemprego (219 dias em média em Lisboa no ano de 2010 para uma média de 217 dias a nível nacional).

NUTS: Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos